Os índices futuros revertem as perdas da véspera, nesta manhã de sexta-feira (24), enquanto as bolsas europeias recuam, com os investidores avaliando os novos dados macroeconômicos dos Estados Unidos, que confirmam uma economia estadunidense ainda resiliente.
Os traders adiam suas expectativas para o primeiro corte de juros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA).
Nesta semana, falas de membros do Fed e a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) sinalizaram que os juros norte-americanos devem ser mantidos em patamar elevado por mais tempo e que podem até mesmo subir.
Ontem, veio novo balde de água fria com a divulgação de dados acima do esperado do índice de atividade econômica (PMI, na sigla em inglês) industrial, que subiu a 50,9 em maio, acima das expectativas de avanço a 50,2; e do PMI de serviços, que subiu a 54,8 em maio, ante a previsão de alta de 50,2.
Por aqui, saem hoje dados de transações corrente e de investimentos diretos. O consenso LSEG projeta um déficit em conta corrente de US$ 1,05 bilhão.
Já Conselho de Administração da Petrobras se reúne nesta sexta-feira para aprovar Magda Chambriard como nova presidente da estatal.
Brasil
Mais uma vez a aversão ao risco dominou os negócios, e o Ibovespa fechou em queda pela quinta vez consecutiva. O principal índice da Bolsa brasileira apontou baixa de 0,74%, aos 124.729 pontos, na quinta-feira (23).
Os dados do exterior deram o tom dos negócios ontem (23) diante da divulgação de mais dados econômicos acima do esperado, o que mostra que a trajetória de juros nos Estados Unidos continuará alta por mais tempo.
Dados preliminares de atividade econômica (PMI, na sigla em inglês) da indústria e de serviços norte-americanos vieram acima das expectativas para abril. Os números foram publicados um dia após a ata da última reunião do Federal Reserve afirmar que os juros devem permanecer elevados por mais tempo.
O dólar fechou próximo da estabilidade a R$ 5,15 no mercado à vista.
Europa
Os mercados europeus operam em baixa na manhã desta sexta-feira, acompanhando uma tendência global em meio a preocupações com a trajetória dos juros nos EUA.
Das notícias da região, o Destatis confirmou mais cedo que o PIB (Produto Interno Bruto) da Alemanha cresceu 0,2% no primeiro trimestre ante os três meses anteriores, enquanto o volume de vendas no varejo do Reino Unido caiu 2,3% em abril, à medida que o tempo chuvoso dissuadiu os compradores.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,44%
DAX (Alemanha): -0,36%
CAC 40 (França): -0,19%
FTSE MIB (Itália): -0,20%
STOXX 600: -0,44%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em alta, revertendo parte das perdas da véspera após a divulgação do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de maio acima do esperado, elevando as incertezas sobre o ciclo de corte de juros nos americanos.
Dow Jones Futuro: +0,11%
S&P 500 Futuro: +0,20%
Nasdaq Futuro: +0,16%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam em baixa generalizada nesta sexta-feira, após Wall Street sofrer perdas ontem em meio a crescentes incertezas sobre a possibilidade de cortes de juros nos EUA.
Além das preocupação com os juros nos Estados Unidos, as ações da China fecharam em baixa hoje após militares chineses realizarem um segundo dia de jogos de guerra em torno de Taiwan, com exercícios para testar sua capacidade de “tomar o poder” e controlar áreas importantes. Os exercícios teriam sido feitos como forma de punir o presidente de Taiwan, Lai Ching-te.
Shanghai SE (China), -0,88%
Nikkei (Japão): -1,17%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,38%
Kospi (Coreia do Sul): -1,26%
ASX 200 (Austrália): -1,08%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em queda, uma vez que os investidores ponderam os últimos comentários de integrantes do Fed sobre as taxas de juro num contexto de inflação persistente. Taxas mais elevadas poderão abrandar o crescimento econômico e prejudicar a procura de combustível.
Petróleo WTI, -0,73%, a US$ 76,31 o barril
Petróleo Brent, -0,70%, a US$ 80,79 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, será divulgado o índice de confiança da Universidade de Michigan nos EUA.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite de ontem (23). Na seara de indicadores, saem os dados da sondagem do consumidor; transações correntes, com o consenso LSEG prevendo déficit de US$ 1,05 bilhão; e do investimento estrangeiro direto.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg
