O Conselho de Administração da Petrobras se reúne nesta sexta-feira (24) para aprovar a indicação de Magda Chambriard à presidência da petroleira. Caso tenha o nome validado, ela será a segunda mulher a comandar a companhia. Ela substituirá Jean Paul Prates, que foi demitido pelo presidente Lula há cerca de 15 dias.
Chambriard será a segunda mulher a comandar a estatal. A primeira foi Graça Foster (2012-2015).
Antes da indicação, Chambriard foi diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo) entre 2012 e 2016.
Na última quarta-feira (22), o Comitê de Elegibilidade da Petrobras concluiu a análise da indicação de Chambriard para os cargos de Conselheira de Administração e de presidente da Petrobras.
“O CELEG considerou que a indicação da Sra. Magda Chambriard preenche os requisitos necessários previstos nas regras de governança da companhia e legislação aplicável e está apta para ser apreciada pelo Conselho de Administração (CA), sendo, portanto, elegível para ambos os cargos”, diz a nota.
O atual Conselho da Petrobras é formado por 10 membros. Para que a nomeação seja aprovada, ela precisa receber o voto favorável de ao menos seis integrantes do colegiado.
Quem é Magda Chambriard, a nova presidente da Petrobras
A indicada pelo presidente Lula tem ampla experiência no setor. Formada em Engenharia Civil pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e com mestrado em Engenharia Química pela COPPE/UFRJ, ela iniciou sua carreira na Petrobras em 1980, como estagiária. Chegou à ANP em 2002 e permaneceu na agência reguladora até o fim de 2016.
Assim como Prates, Chambriard defende a expansão da exploração petrolífera no Brasil como forma de alavancar a economia do país e é contrária à privatização de operações da empresa.
Ela também segue seu antecessor no apoio ao projeto de perfuração de poços na Foz do Amazonas, também chamada de Margem Equatorial, onde a licença ambiental já foi rejeitada pelo Ibama por falta de estudos técnicos.
“A gente não pode desistir da Margem Equatorial. Nesse ponto, meu foco é a Foz do Amazonas, pelo tipo de geologia, pelo afastamento da costa, pelas águas profundas e pelo talude mais espesso”, afirmou a indicada ao cargo de presidenta da Petrobras, ao portal Brasil Energia, em abril de 2024.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, nega que a nomeação de Magda represente uma “mudança abrupta”. Em entrevista à GloboNews, ele vê a autossuficiente na produção de gasolina, diesel e gás de cozinha e garante que o foco é manter a empresa atrativa para os investidores.
“A Petrobras vai continuar sendo uma empresa de alto valor agregado, vai continuar dando muito lucro aos investidores, mas também dará alegria aos brasileiros”, disse.
A executiva será a nona comandante da Petrobras em oito anos.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias