Índices futuros no negativo em dia de divulgação do PCE, indicador de inflação preferido do BC dos EUA

Por aqui, na volta do feriado de Corpus Christi, a Bolsa brasileira volta a funcionar após fechamento na véspera.
31 de maio de 2024

Os índices futuros operam no campo negativo, nesta manhã de sexta-feira (31), enquanto as bolsas mundiais se movimentam sem direção única, com os investidores à espera da divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) nos Estados Unidos.

Esse é o indicador de inflação preferido do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) e é visto como importante para definir o ritmo de corte de juros na maior economia do mundo.

Além dos dados inflação, os investidores aguardam falas do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, em evento.

Por aqui, na volta do feriado de Corpus Christi, a Bolsa brasileira volta a funcionar após fechamento na véspera.

Brasil

A quarta-feira, véspera de feriado de Corpus Christi, foi recheada de indicadores econômicos por aqui, mas os sinais vindos de fora são a principal fonte de preocupação dos investidores.

Ibovespa terminou o dia com mais uma queda, desta vez de 0,87%, aos 122.707 pontos, repercutindo todos os sinais emitidos pela economia aqui e lá fora.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou a Pnad Contínua na quarta-feira. A taxa de desemprego caiu de 7,9% para 7,5% no trimestre encerrado em abril, abaixo das expectativas, enquanto o setor público teve superávit primário abaixo do esperado em abril.

Já o dólar ganhou fôlego e avançou 1,06%, fechando o dia a R$ 5,2084.

Europa

As bolsas da Europa operam mistas, enquanto os investidores repercutem dados de inflação da região, que subiu 2,6% em maio.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,27%

DAX (Alemanha): -0,07%

CAC 40 (França): -0,09%

FTSE MIB (Itália): +0,10%

STOXX 600: +0,03%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam com baixa, ampliando as perdas da véspera, quando foram pressionados por quedas nas ações de empresas de tecnologia.

Dow Jones Futuro: -0,08%

S&P 500 Futuro: -0,22%

Nasdaq Futuro: -0,36%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam sem direção única, com os agentes digerindo dados econômicos da região. Os números da produção industrial do Japão mostraram uma queda surpreendente de 0,1% em abril em relação ao mês anterior, enquanto analistas previam um aumento de 0,9%.

Além disso, a inflação da capital japonesa, Tóquio, subiu 1,9% em maio, em linha com as expectativas de analistas, enquanto o índice de produção industrial da Coreia do Sul subiu 2,2% na comparação mensal em abril, em uma base com ajuste sazonal.

Dados da China mostraram que o seu setor industrial contraiu inesperadamente em maio, com o índice oficial de gestores de compras (PMI, na sigla em inglês) a situar-se em 49,5, face a 50,4 em abril.

Shanghai SE (China), -0,16%

Nikkei (Japão): +1,14%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,83%

Kospi (Coreia do Sul): +0,04%

ASX 200 (Austrália): +0,96%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com baixa, à medida que investidores digerem comentários das autoridades do Fed, que disseram que era muito cedo para começar a considerar cortes nas taxas de juros, e após um aumento surpreendente nos estoques de gasolina dos EUA que pesou sobre o mercado.

Petróleo WTI, -0,44%, a US$ 77,57 o barril

Petróleo Brent, -0,76%, a US$ 81,24 o barril

Agenda

A semana termina com a divulgação do índice PCE de abril nos Estados Unidos.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o retorno da taxação sobre as compras internacionais de até US$ 50, com alíquota de 20%, pode ter efeito fiscal “relevante” e gerar R$ 1,3 bilhão para os cofres da União neste ano. O cálculo é feito pela equipe de política fiscal da Warren Investimentos, que considerou, para a conta, que a arrecadação seria impactada a partir de julho, uma vez que a taxa ainda não foi aprovada pelo Senado, apenas pela Câmara. A previsão é de que os senadores apreciem a matéria na próxima semana. Não há indicadores econômicos previstos na agenda do dia.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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