Mercados mundiais operam no negativo; IBC-Br é destaque da agenda da 6ª feira no Brasil

Por aqui, sai o IBC-Br, considerado uma espécie de termômetro do PIB (Produto Interno Bruto), com consenso LSEG projetando alta de 0,45% em abril.
14 de junho de 2024

Os mercados mundiais amanhecem no campo negativo, nesta sexta-feira (14), após o S&P500 e o Nasdaq fecharem em nova máxima histórica ontem (13), com a recuperação do setor de tecnologia. Por outro lado, os rendimentos do Treasurys caem devido às apostas de que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) reduzirá as taxas este ano em meio a sinais de desinflação.

Ontem, a divulgação do índice de preços ao produtor dos EUA mostrou que o indicador caiu inesperadamente em maio em meio a custos mais baixos de energia, outra indicação de que a inflação estava diminuindo depois de saltar no primeiro trimestre.

Lembrando que, na última quarta-feira (12), o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed manteve as taxas de juros inalteradas pela sétima vez, na faixa dos 5,25% a 5,50% ao ano.

Ainda por lá, saem hoje os dados da confiança ao consumidor e os preços de importados de maio, com consenso LSEG prevendo alta de 0,1%.

Na Ásia, o Banco Central do Japão (BoJ) manteve nesta sexta-feira a taxa de juros e sinalizou que pode reduzir o volume de compras de títulos do governo japonês (JGBs) na reunião de julho.

Por aqui, as atenções se voltam para o IBC-Br, considerado uma espécie de termômetro do PIB (Produto Interno Bruto), com o consenso LSEG projetando alta de 0,45% em abril.

Brasil

O Ibovespa caiu de novo na quinta-feira (13), mas a queda foi mais suave que a de ontem (12), quando a decisão do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), somada às falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), engrossaram o caldo de preocupações com o risco fiscal por aqui.

Ontem, com a agenda de divulgações de indicadores mais suave, o principal indicador da Bolsa brasileira teve queda de 0,31%, aos 119.567 pontos, patamar ainda bem baixo.

Coube ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atuar como bombeiro no dia. Ele disse que a equipe econômica do governo vai intensificar a agenda de trabalho em relação aos gastos do governo, e que deve focar, nas próximas semanas, na revisão de despesas.

O dólar à vista fechou a R$ 5,3686, com queda de 0,70%.

Europa

Os mercados europeus caem em bloco após abertura positiva, com a divulgação da balança comercial da zona do euro no radar dos investidores.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,07%

DAX (Alemanha): -0,53%

CAC 40 (França): -1,46%

FTSE MIB (Itália): -1,55%

STOXX 600: -0,26%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam sem direção única, após o S&P500 e o Nasdaq fecharem em nova máxima histórica ontem (13), com a recuperação do setor de tecnologia.

No âmbito macroeconômico, o PPI (índice de preços ao produtor, na tradução) caiu inesperadamente em maio em meio a custos mais baixos de energia, outra indicação de que a inflação estava diminuindo depois de saltar no primeiro trimestre.

A inflação ao produtor para a demanda final caiu 0,2% no mês passado, após avançar 0,5% em abril, informou o Departamento do Trabalho ontem (13).

Dow Jones Futuro: -0,55%

S&P 500 Futuro: -0,28%

Nasdaq Futuro: -0,01%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em alta, com a bolsa de Tóquio se recuperando após o Banco do Japão (BoJ) manter o atual volume de compras de títulos do governo japonês (JGBs) por enquanto.

O BoJ não apenas deixou seu juro básico inalterado, mas também anunciou que seguirá comprando JGBs no ritmo atual. O BC japonês sinalizou que pretende reduzir as aquisições dos títulos, mas que detalhes só serão definidos em sua próxima reunião, no fim de julho.

Shanghai SE (China), +0,12%

Nikkei (Japão): +0,24%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,94%

Kospi (Coreia do Sul): +0,13%

ASX 200 (Austrália): -0,33%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem na sessão desta sexta-feira, rumo ao primeiro ganho semanal em quatro semanas. Os traders repercutem o impacto das taxas de juros mais altas durante mais tempo nos EUA ante as perspectivas sólidas para a procura de petróleo bruto e de combustível este ano.

Petróleo WTI, -0,41%, a US$ 78,30 o barril

Petróleo Brent, -0,23%, a US$ 82,56 o barril

Agenda

Nos EUA, saem hoje os dados da confiança ao consumidor e os preços de importados de maio, com consenso LSEG prevendo alta de 0,1%.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou ontem (13) que não trabalha com a perspectiva de uma reoneração e apontou o pagamento de multas a agências reguladoras como uma das alternativas para a compensação. O parlamentar, que tomou a frente no Congresso nas negociações para manutenção da desoneração, reconheceu que cabe ao Senado buscar uma solução que garanta uma fonte de recursos para o benefício, cumprindo, assim, determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o tema. Na seara de indicadores, as atenções se voltam para o IBC-Br do Banco Central, com consenso LSEG projetando alta de 0,45% em abril.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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