Mercados mundiais em alta pós-feriado nos EUA; Banco da Inglaterra decide juros nesta 5ª

Por aqui, a unanimidade na reunião do Copom e a sinalização de juros altos por mais tempo no Brasil devem servir para acalmar os ativos domésticos, segundo analistas.
20 de junho de 2024

Na volta do feriado de Juneteenth, nos Estados Unidos, os mercados mundiais operam no campo positivo, nesta manhã de quinta-feira (20). O destaque de hoje é a decisão sobre juros do Banco Central da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). Espera-se que autoridade monetária inglesa mantenha as taxas de juros estáveis ​​em 5,25%, apesar da inflação no Reino Unido ter caído ontem (19) para a meta de 2% em maio, o nível mais baixo em três anos.

Nos EUA, os investidores aguardam pelo o índice de atividade do Fed Filadélfia, pedidos de seguro-desemprego e transações correntes.

As ações europeias sobem hoje depois que o Banco Nacional Suíço anunciou um corte na taxa de juros em um dia movimentado para a política monetária na região.

Por aqui, a unanimidade na reunião do Copom e a sinalização de juros altos por mais tempo no Brasil devem servir para acalmar os ativos domésticos, segundo analistas.

Podem ainda aliviar as expectativas de inflação, que passaram a refletir dúvidas sobre a sucessão de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central.

Ontem, Magda Chambriard tomou posse como nova CEO da Petrobras. Presente na cerimônia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que quer que a empresa seja lucrativa, em um aparente esforço para aliviar as preocupações dos investidores sobre a direção da petroleira. “Ninguém quer que qualquer acionista perca dinheiro,” disse. “Se você investiu, tem direito a um retorno sobre o seu investimento”, frisou o petista.

Brasil

Com menor fluxo de negócios devido a um feriado nos Estados Unidos ontem (19), a Bolsa brasileira foi movida pelos acontecimentos internos, sendo o principal deles a decisão sobre os juros que o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central depois do fechamento do mercado.

Por aqui, o movimento foi de freio de mão puxado, mas, ao fim do dia, o Ibovespa encerrou o pregão com alta de 0,53%, aos 120.261 pontos.

O principal índice da bolsa brasileira oscilou ao longo do dia, mas ganhou fôlego na última hora da sessão com bancos e exportadoras.

O dólar à vista subiu 0,15%, a R$ 5,441 na compra e a R$ 5,442 na venda. Na máxima, a moeda chegou a R$ 5,483. Já o contrato futuro de primeiro vencimento recuava 0,25%, aos 5.435 pontos por volta das 17h30.

Europa

As bolsas europeias operam no campo positivo, com investidores à espera da decisão sobre juros do BoE (Banco Central da Inglaterra).

FTSE 100 (Reino Unido): +0,19%

DAX (Alemanha): +0,57%

CAC 40 (França): +0,58%

FTSE MIB (Itália): +0,96%

STOXX 600: +0,45%

Estados Unidos

Os índices futuros dos Estados Unidos operam com ganhos, caminhando para subir ainda mais depois de atingir novos recordes no início da semana.

Os investidores parecem otimistas após números fracos das vendas do varejo na terça-feira sugerirem que as famílias americanas estão começando a controlar os gastos, o que pode indicar um afrouxamento da política monetária lá na frente.

Dow Jones Futuro: +0,06%

S&P 500 Futuro: +0,39%

Nasdaq Futuro: +0,61%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam sem direção única, após o banco central chinês (PBoC), mais uma vez, deixar suas principais taxas de juros inalteradas, as chamadas LPRs.

Ontem, o presidente do BC chinês, Pan Gongsheng, sinalizou que a instituição poderá adotar uma taxa de curto prazo como principal referência de sua política monetária.

Shanghai SE (China), -0,42%

Nikkei (Japão): +0,16%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,52%

Kospi (Coreia do Sul): +0,37%

ASX 200 (Austrália): 0,00%

Petróleo

Os preços do petróleo do Brent subiram nos primeiros negócios desta quinta-feira, após o avanço de tanques israelenses para Gaza. Os futuros do petróleo dos EUA, por sua vez, caíram devido à perspectiva de aumento dos estoques de petróleo.

Petróleo WTI, -0,18%, a US$ 81,42 o barril

Petróleo Brent, +0,20%, a US$ 85,24 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, saem o índice de atividade do Fed Filadélfia, pedidos de seguro-desemprego e transações correntes.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não quis comentar ontem a decisão do Copom do Banco Central. Ele disse que vai esperar a minuta da reunião, que sai na próxima terça-feira. Haddad ainda fez questão de afirmar que tem confiança nas pessoas indicadas ao Banco Central. Não há indicadores relevantes previstos na agenda de hoje por aqui.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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