Índices futuros caem nesta 6ª, após recorde do Dow Jones; inflação do Japão avança em maio

Por aqui, a agenda desta sexta tem como destaque os dados de arrecadação federal às 10h30.
21 de junho de 2024

Os índices futuros de Nova York operam no campo negativo, nesta manhã de sexta-feira (21), assim como as bolsas europeias. Ontem (20), as bolsas de Nova York encerraram os negócios sem direção única. O destaque de hoje será as divulgações de PMIs, tanto nos EUA quanto na Europa.

Enquanto o Dow Jones marcou seu melhor dia do mês, ultrapassando os 5.500 pontos pela primeira vez, o Nasdaq Composite fechou em queda após atingir alta histórica no dia. O índice reagiu ao movimento da ação da fabricante de chips Nvidia, que nesta semana tornou-se a empresa mais valiosa do mundo, mas sofreu um tombo de cerca de 3,5% ontem, interrompendo um rali recente.

Por outro lado, os Treasuries americanos estão perto de zerar as perdas de um primeiro semestre de altos e baixos para o maior mercado de títulos do mundo. A retomada foi impulsionada por novas apostas de que a desaceleração dos preços nos Estados Unidos convencerá o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) a cortar os juros antes do previsto.

Além disso, Wall Street está se preparando para um evento trimestral conhecido como vencimento triplo — quando os contratos de derivativos atrelados a ações, opções de índices e futuros vencem — obrigando os traders a rolarem suas posições existentes ou a iniciarem novas. Cerca de US$ 5,5 trilhões estão programados para expirar na sexta-feira, de acordo com uma estimativa da plataforma de opções SpotGamma.

Na Ásia, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Japão acelerou de 2,5% em abril para 2,8% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira. Mensalmente, o CPI subiu 0,5%, o maior desde outubro do ano passado.

O núcleo da inflação, que exclui a variação de preços dos alimentos frescos, avançou de 2,2% em abril para 2,5% em maio, permanecendo assim acima da meta de 2% do Banco do Japão (BoJ) pelo 26º mês consecutivo.

Por aqui, a agenda desta sexta tem como destaque os dados de arrecadação federal às 10h30 (horário de Brasília), enquanto os ativos locais ainda se recuperam tanto da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central quanto de sua repercussão.

Brasil

Pelo terceiro dia consecutivo, o Ibovespa fechou o pregão no campo positivo. Ontem (20), o principal indicador da Bolsa brasileira fechou com alta de 0,15%, aos 120.446 pontos.

O avanço do indicador foi apoiado principalmente pelos desempenhos de dois pesos pesados da Bolsa – a Petrobras e a Vale. Mas os agentes também repercutiram o comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, divulgado com a decisão sobre a taxa Selic ontem, no qual indicou interrupção momentânea do ciclo de baixa dos juros, dando esperanças de que ele pode voltar em um futuro não muito distante.

A Petrobras surfou hoje no otimismo, depois da posse da nova presidente da empresa, Magda Chambriard na véspera.

O dólar fechou com alta de 0,11%, cotado a R$ 5,45. A moeda norte-americana chegou à quinta alta seguida diante do real.

Europa

As bolsas europeias operam em queda, seguindo movimento dos EUA e com o foco na queda do iene. Por lá, os mercados oscilam repercutindo a convocação para novas eleições no Parlamento europeu.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,68%

DAX (Alemanha): -0,57%

CAC 40 (França): -0,53%

FTSE MIB (Itália): -0,94%

STOXX 600: -0,71%

Estados Unidos

Os índices futuros dos Estados Unidos operam no negativo, após iniciarem em alta, repercutindo a perda de força do rali impulsionado pelo setor de tecnologia, em especial ações ligadas a Inteligência Artificial (AI). A expectativa do mercado é que haja uma reacomodação, caso o mercado tenha atingido seus limites.

Dow Jones Futuro: -0,15%

S&P 500 Futuro: -0,25%

Nasdaq Futuro: -0,28%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta sexta-feira, após o desempenho negativo do Nasdaq em Nova York ontem pesar em ações de tecnologia em Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan. Na China continental, os mercados também ficaram no vermelho hoje, pressionados por ações relacionadas a consumo.

No Japão, a inflação acelerou de 2,5% em abril para 2,8% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira. Mensalmente, o CPI subiu 0,5%, o maior desde outubro do ano passado.

Shanghai SE (China), -0,24%

Nikkei (Japão): -0,09%

Hang Seng Index (Hong Kong): -1,67%

Kospi (Coreia do Sul): -0,83%

ASX 200 (Austrália): +0,34%

Petróleo

Os preços do petróleo do Brent caem nos primeiros negócios desta sexta-feira, em reação à perspectiva de taxas de juros ainda elevadas na Ásia e nos Estados Unidos. A queda só não foi maior pelos estoques de petróleo dos EUA, que apresentaram recuo.

Petróleo WTI, -0,09%, a US$ 81,22 o barril

Petróleo Brent, -0,11%, a US$ 85,62 o barril

Agenda

O destaque de hoje será as divulgações de PMIs, tanto nos EUA quanto na Europa

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o Ministério de Minas e Energia anunciou ontem (20) que vai publicar decreto com regras mais rígidas para os contratos com distribuidoras de energia. O texto deve ser publicado nesta sexta-feira (21) no Diário Oficial da União. Entre as regras, estão metas obrigatórias para retomada de serviços em caso de eventos climáticos extremos, ou seja, evitar que os consumidores fiquem sem luz por longas horas em razão de chuvas, vendavais e quedas de árvores nas redes; a satisfação do consumidor será um dos critérios de avaliação da distribuidora. Em caso de descumprimento de alguma norma ou falhas na prestação do serviço, haverá limitação na distribuição de dividendos aos acionistas da companhia e o processo de punição à empresa será mais ágil. Na seara de indicadores, saem hoje os dados da arrecadação federal de maio.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

Continue lendo

Assine nossa newsletter
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.