Mercados mundiais no negativo com PIB do 1º tri dos EUA no radar; no Brasil, relatório de inflação é destaque

Ainda por aqui, o Diário Oficial da União publicou um decreto que institui, a partir de 2025, a meta contínua de inflação, sem vinculação ao ano-calendário.
27 de junho de 2024

Os mercados mundiais amanhecem no negativo, nesta manhã de quinta-feira (27), com investidores aguardando a divulgação da versão final do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre dos Estados Unidos, com projeção do consenso LSEG de alta de 1,3%.

Por lá, as atenções também estarão voltadas para o primeiro debate entre o presidente Joe Biden, e seu antecessor, Donald Trump, que será promovido pela rede americana CNN. Será o primeiro deste ciclo eleitoral.

Além disso, os investidores aguardam os últimos dados de inflação nesta sexta-feira (28), com a divulgação do índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE) de maio. Agentes do mercado esperam que o indicador mostre pressões de preços mais baixas que podem consolidar a probabilidade de o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) reduzir as taxas de juros no final deste ano.

O índice de moedas de mercados emergentes caiu para perto do nível mais baixo em dois meses, enquanto os traders buscam a segurança do dólar antes dos principais dados a serem divulgados nos EUA nesta semana. O real e o peso mexicano lideraram as quedas entre os emergentes.

Por aqui, o Diário Oficial da União publicou um decreto que institui, a partir de 2025, a meta contínua de inflação, sem vinculação ao ano-calendário. Pelo texto, o Banco Central descumprirá a meta caso a inflação fique fora da margem superior do alvo por seis meses consecutivos.

O Banco Central divulgará nesta quinta-feira o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do segundo trimestre, que deve trazer mais elementos para compreensão das projeções de inflação do órgão.

Brasil

Embora tenha oscilado muito durante o dia, o Ibovespa acabou encerrando o pregão da quarta-feira (26) em trajetória positiva. A alta do indicador foi de 0,25%, aos 122.641,30 pontos.

O dia foi de agenda cheia. Teve a divulgação do aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para mudar o regime de meta de inflação; reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional); oscilações no exterior; e a divulgação do IPCA-15, que veio abaixo das expectativas do mercado – só para citar os mais importantes.

Mas o que agitou mesmo a Bolsa brasileira foi a entrevista do presidente Lula ao UOL. Assim como aconteceu no dia 18 de junho, na entrevista concedida à Rádio CBN, o mercado fez a sua interpretação das falas do presidente.

Lula disse, por exemplo, “que o salário mínimo não será mexido enquanto eu for presidente da República”, que não pretende desvincular o aumento das aposentadorias e pensões do reajuste do salário mínimo e que dar aumento real ao salário mínimo não é gasto.

O dólar comercial disparou mais uma vez, com alta de 1,20%, cotado a R$ 5,51.

Europa

As bolsas europeias operam com baixa em sua maioria, com os investidores preocupados com as pressões inflacionários no mundo.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,12%

DAX (Alemanha): +0,07%

CAC 40 (França): -0,20%

FTSE MIB (Itália): -0,26%

STOXX 600: -0,04%

Estados Unidos

Os índices futuros começam no negativo hoje, com os investidores aguardando o PIB do primeiro trimestre dos EUA hoje e a inflação pelo PCE amanhã.

Dow Jones Futuro: -0,19%

S&P 500 Futuro: -0,16%

Nasdaq Futuro: -0,19%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam com baixa generalizada, com o iene japonês enfraquecendo para uma mínima de quase 38 anos na noite de ontem, atingindo 160,82 em relação ao dólar americano, de acordo com dados da FactSet.

Shanghai SE (China), -0,90%

Nikkei (Japão): -0,82%

Hang Seng Index (Hong Kong): -2,06%

Kospi (Coreia do Sul): -0,29%

ASX 200 (Austrália): -0,30%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem devido a temores de que uma potencial expansão da guerra em Gaza possa interromper a oferta no Oriente Médio.

Petróleo WTI, +0,80%, a US$ 81,55 o barril

Petróleo Brent, +0,83%, a US$ 85,96 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, será divulgada a leitura final do PIB do primeiro trimestre.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou ontem (26) que a regulamentação da reforma tributária deve ser votada no plenário da Casa na segunda semana de julho. Na declaração, dada durante o 12° Fórum Jurídico de Lisboa – o Gilmarpalooza -, o alagoano afirmou que a economia brasileira vai bem, apesar de o Poder Executivo precisar cortar alguns gastos e dar sinais de que vai perseguir as metas fiscais. Na seara de indicadores, serão publicados os dados da Confiança de Serviços de junho, o IGP-M de junho e o Relatório de Inflação Trimestral Preços ao produtor de maio.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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