Índices futuros e bolsa da Europa operam no campo positivo após falas de Powell

No Brasil, destaque é a divulgação do IPCA de junho; consenso LSEG prevê alta de 0,32% na base mensal e de 4,35% na base anual.
10 de julho de 2024

Os índices futuros dos Estados Unidos e as bolsas da Europa operam no campo positivo, nesta manhã de quarta-feira (10), após falas do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), Jerome Powell, indicando que sinais crescentes de um mercado de trabalho esfriando poderia levar a um corte de juros.

Em fala ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, Powell também reconheceu que manter as taxas elevadas por muito tempo poderia prejudicar o crescimento econômico.

Amanhã (11), será divulgado o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de junho nos Estados Unidos.

As moedas da América Latina superaram seus pares ontem (9), à medida que os comentários do presidente do Fed aumentaram o apetite dos investidores por ativos mais arrojados. O peso chileno e o real brasileiro lideraram a alta.

Por aqui, as atenções nesta quarta-feira se dividem entre o início da votação da regulamentação da reforma tributária na Câmara dos Deputados e a divulgação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que deve apresentar alta de 0,32% em relação ao mês anterior, de acordo com o consenso LSEG. Na projeção anual, a elevação ficaria em 4,35%.

O plenário do Senado, por sua vez, deve votar a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia.

Brasil

O Ibovespa subiu pela sétima sessão seguida ontem (9), a maior sequência de valorização em mais de um ano, com apoio externo após falas do presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, de que a desaceleração da inflação pode resultar em cortes dos juros ainda neste ano.

O principal índice da Bolsa brasileira encerrou o dia com alta de 0,44%, aos 127.108 pontos, o melhor patamar desde o fim de maio. O Ibovespa não fecha em sete altas seguidas desde junho de 2023.

Já o dólar fechou o dia com recuo de 1,15%, sendo negociado a R$ 5,414 na venda. O desempenho fez a valorização da divisa ante o real reduzir para 11,59% no acumulado de 2024.

Europa

As bolsas da Europa operam com ganhos, com investidores mantendo apostas de que o Fed cortará as taxas de juros neste ano.

Na véspera, as ações europeias fecharam em baixa, enquanto investidores na região pesavam a incerteza política na França após o resultado da eleição de domingo, em que a Nova Frente Popular (NFP) de esquerda ganhou o maior número de assentos, mas não conseguiu obter a maioria absoluta para governar.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,63%

DAX (Alemanha): +0,64%

CAC 40 (França): +0,75%

FTSE MIB (Itália): +0,84%

STOXX 600: +0,57%

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York operam com alta hoje, repercutindo o movimento da véspera, quando o S&P 500 subiu pela sexta sessão consecutiva, sua maior sequência de vitórias desde janeiro, depois de declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, no Senado norte-americano.

Dow Jones Futuro: +0,05%

S&P 500 Futuro: +0,15%

Nasdaq Futuro: +0,24%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira, com novo recorde em Tóquio e perdas na China após dados locais de inflação.

O índice de preços ao consumidor (CPI) chinês subiu 0,2% na comparação anual de junho, menos do que o esperado, enquanto os preços aos produtores (PPI) se mantiveram em queda, sinalizando demanda persistentemente fraca, apesar de esforços de Pequim para impulsionar o consumo.

Shanghai SE (China), -0,68%

Nikkei (Japão): +0,61%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,29%

Kospi (Coreia do Sul): +0,02%

ASX 200 (Austrália): -0,16%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com alta após três dias de queda, depois que relatório do setor mostrou que os estoques de petróleo bruto e combustível dos EUA caíram na semana passada, indicando demanda estável.

Petróleo WTI, +0,47%, a US$ 81,79 o barril

Petróleo Brent, +0,31%, a US$ 84,92 o barril

Agenda

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, a Câmara dos Deputados começará a votação do projeto de lei complementar (PLP 68/2024) que trata da regulamentação da reforma tributária dos impostos sobre o consumo nesta quarta, às 10h (horário de Brasília). No Senado, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, informou que o Plenário deve votar hoje o projeto de lei que estabelece um regime de transição para a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. A proposta (PL 1.847/2024) foi apresentada pelo senador Efraim Filho (União-PB). Na seara de indicadores, será divulgado hoje o IPCA de junho; consenso LSEG prevê alta de 0,32% na base mensal e de 4,35% na base anual.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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