Índices futuros e bolsas europeias em alta após Biden desistir de eleição; BC da China surpreende e corta juros

Por aqui, o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas será divulgado nesta segunda-feira (22).
22 de julho de 2024

Os índices futuros dos Estados Unidos e as ações europeias sobem, nesta manhã de segunda-feira (22), com os investidores reagindo à notícia de que o atual presidente dos EUA, Joe Biden, desistiu da corrida presidencial ontem (21) e apoiou a vice-presidente Kamala Harris como candidata do Partido Democrata.

Se confirmada, ela enfrentará o ex-presidente Donald Trump, que desponta como favorito nas pesquisas de opinião, principalmente depois da tentativa de assassinato contra ele. A mudança era amplamente esperada após o fraco desempenho de Biden no debate em junho.

Ainda nos EUA, o Índice de Volatilidade Cboe disparou para o maior nível em mais de um ano na semana passada. O movimento tem levado investidores a aumentarem o hedge (proteção) nas carteiras, em meio a riscos que vão desde as eleições presidenciais dos EUA até os balanços, crescimento econômico e juros.

No âmbito corporativo, Tesla e Alphabet serão as primeiras das “7 Magníficas” a reportar seus números trimestrais nesta terça (23). Analistas deverão pressionar a gigante de veículos elétricos sobre o avanço de seus planos para robotáxis, enquanto examinarão o aumento de receita com IA da controladora do Google.

Na Ásia, o BC da China surpreendeu os analistas e decidiu, nesta segunda-feira, cortar a taxa básica de juros de um ano (LPR) de 3,45% para 3,35% e a taxa de cinco anos foi reduzida de 3,95% para 3,85%.

A taxa mais curta é usada como referência para a maioria dos empréstimos residenciais e corporativos, enquanto a mais longa é a referência para grande parte das hipotecas imobiliárias.

Por aqui, o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas será divulgado hoje. O documento trará o montante e a origem da contenção de despesas que foi recentemente indicada pela equipe econômica do governo.

A partir de hoje, ministros e vice-ministros de Finanças, presidentes e vice-presidentes dos Bancos Centrais do G-20 se reúnem no Rio de Janeiro para discutir as perspectivas globais para a economia.

Brasil

Ninguém pôde reclamar de marasmo na sexta-feira (19). Vários assuntos estiveram no radar, sendo o principal dele, claro, o apagão cibernético que afetou aeroportos, voos, bancos e telecomunicações pelo mundo.

No meio desse caldeirão, até que não foi tão ruim para o Ibovespa, que acabou fechando próximo da estabilidade, com leve queda de 0,03%, aos 127.616 pontos.

Na semana, o principal indicador da Bolsa brasileira acumula baixa de 0,99%, a primeira a acumular perdas depois de quatro semanas seguidas no azul.

Apesar de tantos assuntos no radar, o mercado financeiro acabou repercutindo o anúncio feito na quinta-feira passada (18), após o fechamento do pregão, de um corte de R$ 15 bilhões nas despesas, para cumprir as regras do arcabouço fiscal.

O dólar comercial acabou subindo 0,30%, a R$ 5,60, após passar o dia em baixa. Os juros futuros avançaram por toda a curva.

Europa

As ações da Europa operam com alta, com investidores atentos à temporada de balanços por lá. O Morgan Stanley disse que as empresas na Europa tiveram um início positivo na temporada de resultados do segundo trimestre, com 29% superando as expectativas de lucro.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,58%

DAX (Alemanha): +1,24%

CAC 40 (França): +1,33%

FTSE MIB (Itália): +0,94%

STOXX 600: +0,98%

Estados Unidos

Os índices futuros dos Estados Unidos sobem hoje com a desistência de Joe Biden de concorrer à reeleição dos Estados Unidos. Na semana, o PIB do segundo trimestre e o Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE) serão foco de investidores nesta semana. O deflator do PCE, indicador preferido do Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA), será apresentado na sexta-feira (26), é um dos balizadores da política monetária.

Dow Jones Futuro: +0,13%

S&P 500 Futuro: +0,40%

Nasdaq Futuro: +0,64%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em baixa, enquanto investidores avaliavam o quadro político dos EUA, após a desistência do presidente Joe Biden de buscar a reeleição, e digeriam um inesperado corte de juros na China.

No fim do dia, o banco central chinês (PBoC) inesperadamente reduziu suas principais taxas de juros em 10 pontos-base, uma semana depois de dados mostrarem que o PIB (Produto Interno Bruto) da China não apenas desacelerou, como avançou em ritmo bem mais fraco do que o esperado no segundo trimestre.

Shanghai SE (China), -0,61%

Nikkei (Japão): -1,16%

Hang Seng Index (Hong Kong): +1,25%

Kospi (Coreia do Sul): -1,14%

ASX 200 (Austrália): -0,50%

Petróleo

Os preços do petróleo iniciam a semana em baixa, enquanto investidores estão atentos aos sinais de um ciclo de corte de juros que deve começar já em setembro.

Petróleo WTI, -0,24%, a US$ 79,94 o barril

Petróleo Brent, -0,17%, a US$ 82,50 o barril

Agenda

Na semana, o PIB do segundo trimestre e o Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE) serão foco de investidores nesta semana. O deflator do PCE, indicador preferido do Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA), será apresentado na sexta-feira (26), é um dos balizadores da política monetária.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, a equipe econômica oficializará o congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024. A suspensão dos valores constará do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, a ser enviado na tarde de segunda ao Congresso Nacional. Na última quinta-feira (18), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antecipou o anúncio do congelamento, em meio à disparada do dólar às vésperas do envio do relatório. Dos R$ 15 bilhões a serem suspensos, R$ 11,2 bilhões serão bloqueados; e R$ 3,8 bilhões, contingenciados. A agenda de hoje tem como destaque o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas e o Boletim Focus do Banco Central.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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