Os mercados mundiais operam no campo negativo, nesta manhã de quarta-feira (24), com os investidores repercutindo os resultados abaixo do esperado da Tesla, da LVMH e do Deutsche Bank, o que elevou a preocupação dos agentes com a saúde dos grandes conglomerados.
As ações da Tesla caíam 8% no pré-mercado após registrar resultados aquém das estimativas.
Por outro lado, a receita da Alphabet (dona do Google) no segundo trimestre superou as expectativas dos analistas, impulsionada pela demanda por serviços de computação em nuvem e publicidade em sua ferramenta de busca. As vendas, excluindo os pagamentos a parceiros, foram de US$ 71,36 bilhões no período, acima da projeção de US$ 70,7 bilhões.
Em indicadores, os investidores aguardam para hoje dados do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria e de serviços nos Estados Unidos, além de dados de vendas de moradias novas.
A CrowdStrike, a empresa de cibersegurança no centro das grandes falhas globais de TI, disse que um erro em um mecanismo de segurança permitiu que dados com defeito fossem enviados aos clientes em uma atualização mal feita, causando o colapso da semana passada.
Por aqui, com agenda de indicadores esvaziada nesta quarta-feira (24) e o Congresso em recesso, as atenções se voltam para as movimentações políticas. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lança uma proposta que pretende dar dimensão internacional ao combate às desigualdades sociais, enquanto Fernando Haddad, ministro da Fazenda, participa de evento COP28-G20.
Após atraso na reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional) de ontem, o Banco Central divulgará seus votos hoje, a partir de 9h.
Brasil
O Ibovespa voltou a cair na terça-feira (23), depois da leve alta de anteontem (22). Ontem, o principal índice da Bolsa brasileira fechou com baixa de 0,99%, aos 126.589,84 pontos, uma perda de 1.269,79 pontos. No últimos quatro pregões, a queda acumulada foi de mais de 2%.
A indicador sentiu ontem o baque das commodities, que caíram no mercado internacional. A Vale (VALE3), um dos pesos-pesados da Bolsa, perdeu 1,34%, com o minério de ferro atingindo a mínima de três meses. As preocupações continuam sendo a China, especificamente com a capacidade de o gigante asiático injetar estímulos em sua economia.
O petróleo internacional também caiu com as desconfianças sobre a demanda, já que a China é a maior importadora, e com os avanços de acordo entre Israel e Hamas.
O dólar comercial inverteu a trajetória e subiu 0,29%, a R$ 5,58. O mesmo ocorreu com os juros futuros (DIs), que avançaram por toda a curva, após as baixas de anteontem.
Europa
As ações europeias operam em baixa, com os investidores repercutindo resultados corporativos. As ações da LVMH caíram, após a divulgação de fracos resultados sinalizarem que até mesmo as marcas mais fortes estão sucumbindo a uma desaceleração na demanda por itens de alto padrão.
Na frente econômica, o índice de gerentes de compras (PMI) mostrou que a atividade empresarial estagnou na zona do euro em julho, enquanto ela se recuperou no Reino Unido graças ao forte crescimento da indústria. Enquanto isso, a confiança do consumidor alemão aumentou.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,32%
DAX (Alemanha): -0,87%
CAC 40 (França): -1,43%
FTSE MIB (Itália): -0,73%
STOXX 600: -0,66%
Estados Unidos
Os índices futuros dos Estados Unidos operam no campo negativo, repercutindo os resultados decepcionantes de grandes corporações, como a Tesla. Agora, os investidores estarão de olho nos resultados trimestrais da AT&T, General Dynamics and Boston Scientific’s antes da abertura dos negócios.
Dow Jones Futuro: -0,54%
S&P 500 Futuro: -0,79%
Nasdaq Futuro: -1,07%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam com perdas, enquanto os traders avaliavam os dados de atividade empresarial de julho do Japão e da Austrália, e os lucros das empresas de tecnologia dos EUA.
Shanghai SE (China), -0,46%
Nikkei (Japão): -1,11%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,91%
Kospi (Coreia do Sul): -0,56%
ASX 200 (Austrália): -0,09%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em alta, interrompendo uma sequência de perdas, depois que um relatório da indústria indicou que os estoques de petróleo bruto dos EUA caíram pela quarta semana.
Petróleo WTI, +0,70%, a US$ 77,50 o barril
Petróleo Brent, +0,65%, a US$ 81,54 o barril
Agenda
Os investidores aguardam, para hoje, dados do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria e de serviços nos Estados Unidos, além de dados de vendas de moradias novas.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, A equipe econômica fará uma coletiva de imprensa na próxima semana para detalhar cortes de gastos nos Orçamentos de 2024 e 2025, gerados a partir da revisão de programas do governo, disse na última terça-feira (23) a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. Agenda de indicadores esvaziada hoje.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg