A semana começou muito nervosa para os mercados internacionais, e o movimento pessimista que tomou conta do mundo devido ao temor de recessão nos Estados Unidos também respingou por aqui. A Bolsa brasileira começou esta segunda-feira (5) no campo negativo e assim fechou. A queda, porém, foi menos traumática. O Ibovespa fechou com baixa de 0,46%, aos 125.269,54 pontos, com perda de 584,55 pontos.
A segunda-feira começou brava com o Índice Nikkei, de Tóquio, que caiu 12,4%, na maior baixa diária desde o crash de 1987 e queda de 25% em relação à máxima histórica vista em julho.
A economista e co-apresentadora do ICL Mercado e Investimentos, Deborah Magagna, explicou, na edição de hoje do programa, o movimento do mercado financeiro japonês. “O Nikkei vem em reflexo das bolsas de Nova York de sexta-feira. Não vejo um movimento isolado, embora o Japão tenha todas as suas peculiaridades”, disse (assista à análise dela clicando aqui).
As bolsa europeias também recuaram significativamente hoje. Em Wall Street, a mesma coisa, com o VIX, índice de volatilidade, chegando a subir mais de 100%.
O movimento mundial começou com as ações do setor de tecnologia, que, na análise de alguns agentes, pode estar vivendo uma “bolha” diante da corrida por investimentos em inteligência artificial (IA).
As ações de alto desempenho da Alphabet, Amazon, Meta, Microsoft e Tesla, bem como da Apple e Nvidia, caíram e as perdas nos papéis do grupo conhecido como “Sete Magníficas” estavam encaminhadas para tirar quase US$ 900 bilhões do valor de mercado combinado das empresas.
Mas a pá de cal veio na sexta-feira passada (2), com o resultado do payroll, a folha de pagamentos dos Estados Unidos, que mostra um mercado de trabalho mais desaquecido do que o esperado. O relatório jogou muitas dúvidas sobre a saúde da economia norte-americana e se o Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense) não teria demorado muito para baixar os juros, que estão no patamar mais elevado em mais de duas décadas.
No âmbito corporativo por aqui, a Vale (VALE3) desceu 1,06%, descartando a alta do minério de ferro. A Petrobras (PETR4), outro peso-pesado do Ibovespa, pegou carona no mau humor e na baixa do petróleo internacional. A petroleira recuou 0,08%, recuperando-se bastante nos minutos finais. B3 (B3SA3) desvalorizou durante todo o dia e terminou no zero a zero.
Dólar
O dólar comercial chegou a ser negociado a R$ 5,86 na máxima do dia. Depois, acabou fechando cotado a R$ 5,74, alta de 0,56%.
Mercado externo
As bolsas de Wall Street continuaram repercutindo os temores de sexta-feira, com o receito de que os EUA estejam caminhando para uma recessão.
O Dow Jones fechou com queda de 2,60%, aos 38.704,06 pontos; o S&P 500, -2,99%, aos 5.186,33 pontos; e o Nasdaq, -3,43%, aos 16.200,08 pontos.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias