Os índices futuros dos Estados Unidos operam no campo positivo, nesta manhã de terça-feira (13), enquanto as bolsas da Europa se movimentam de modo misto. Hoje, os investidores aguardam a divulgação de mais um dado inflacionário, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês), que pode ajudar a medir a temperatura da economia norte-americana.
Amanhã (14), será divulgado o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), também nos Estados Unidos.
É certo para a maioria dos analistas que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) vai baixar os juros na reunião de setembro, o que deve ajudar economias emergentes, como o Brasil. A questão agora é a dose.
As apostas estão meio a meio: meta dos agentes acredita que o corte será de 0,25 ponto percentual, enquanto a outra prevê uma redução de 0,50 p.p. Os juros nos Estados Unidos estão na banda dos 5,25% a 5,50% ao ano, o maior patamar em mais de duas décadas.
Na Ásia, o índice Nikkei, do Japão, disparou 3,45% e encerrou o pregão aos 36.232 pontos, ultrapassando o nível de 36.000 pela primeira vez desde 2 de agosto.
Por aqui, a política monetária também segue nos holofotes, mas as preocupações residem em uma eventual alta dos juros este ano, para reancoragem das expectativas de inflação para 2024, que vêm subindo no Boletim Focus.
Hoje, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga os dados de junho do setor de serviços, com uma projeção de alta de 0,8%, segundo consenso da LSEG, tanto no comparativo com o mês imediatamente anterior e o mesmo de 2023.
Brasil
O Ibovespa fechou pelo quinto dia consecutivo no campo positivo ontem (12), com alta de 0,38%, aos 131.115,90 pontos, na contramão do que ocorreu com os mercados globais. Desde 27 de fevereiro deste ano, o principal indicador da Bolsa não fechava um pregão acima dos 131 mil pontos.
Mas o que aconteceu com o indicador? Na avaliação de analistas, a perspectiva de cortes dos juros nos Estados Unidos em setembro trouxe otimismo aos investidores brasileiros. A Bolsa brasileira, segundo eles, vive um momento de acomodação, após um período turbulento.
Com os juros mais baixos nos EUA, os recursos costumam ser redirecionados para ativos de mercados emergentes, como o Brasil, onde os juros pagos são maiores.
No caminho inverso, o dólar comercial emendou a quinta baixa seguida, com menos 0,34%, a R$ 5,49.
Europa
As bolsas europeias operam com alta, com investidores digerindo dados do mercado de trabalho do Reino Unido e no aguardo de índices de inflação dos EUA e do Reino Unido.
Dados salariais do Reino Unido divulgados pelo Escritório de Estatísticas Nacionais mostraram que os salários, excluindo bônus, cresceram 5,4% ano a ano entre abril e junho — a menor taxa em dois anos. Enquanto isso, a taxa de desemprego caiu de 4,4% para 4,2%.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,09%
DAX (Alemanha): +0,13%
CAC 40 (França): -0,03%
FTSE MIB (Itália): -0,06%
STOXX 600: +0,08%
Estados Unidos
Os índices futuros de Nova York operam no campo positivo, enquanto os investidores aguardam os dados de inflação ao produtor dos EUA, que poderá ajudar a dar a medida da saúde da economia norte-americana. A expectativa é de que o PPI mostre alta de mensal de 0,2% em julho, em linha com a leitura do mês anterior.
Dow Jones Futuro: +0,20%
S&P 500 Futuro: +0,35%
Nasdaq Futuro: +0,57%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam com alta hoje. Os principais índices do Japão subiram acentuadamente na sessão de hoje, com a retomada das negociações de ações do país após um feriado na véspera, em meio a uma alta mais ampla nos mercados asiáticos.
O parlamento japonês planeja realizar uma sessão especial na próxima semana para discutir a decisão do Banco do Japão de aumentar as taxas de juros no mês passado.
Shanghai SE (China), +0,34%
Nikkei (Japão): +3,45%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,36%
Kospi (Coreia do Sul): +0,12%
ASX 200 (Austrália): +0,17%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em baixa, interrompendo uma sequência de cinco dias de ganhos, à medida que os investidores voltaram a se concentrar nas preocupações com a demanda depois que a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) cortou ontem (12) sua previsão de crescimento da demanda em 2024 devido às expectativas mais fracas na China.
Petróleo WTI, -0,59%, a US$ 79,59 o barril
Petróleo Brent, -0,62%, a US$ 81,79 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, saem hoje os dados do índice preços ao produtor de julho. A projeção do consenso LSEG é de alta de 0,2% sobre o mês imediatamente anterior, e de 2,3% na comparação com igual mês de 2023.
Por aqui, no Brasil, no campo político, a Câmara dos Deputados aprovou ontem à noite um requerimento que confere tramitação em regime de urgência para o projeto de lei que trata da regulamentação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), novo tributo instituído pela reforma tributária já aprovada pelo Congresso. De autoria do Poder Executivo, o texto que institui o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços e aborda regras sobre a distribuição para os entes federativos do produto da arrecadação do IBS, entre outros pontos, é o segundo projeto a tratar da regulamentação da reforma tributária. O primeiro foi aprovado pela Câmara em julho e aguarda deliberação no Senado. Na seara de indicadores, o IBGE divulga hoje os dados de junho do setor de serviços, com uma projeção de alta de 0,8%, segundo consenso da LSEG, tanto no comparativo com o mês imediatamente anterior e o mesmo de 2023.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg