Os índices futuros dos Estados Unidos operam no campo positivo, assim como a maioria dos indicadores globais, nesta manhã de sexta-feira (16), mantendo o movimento da véspera diante da perspectiva positiva de cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos na reunião de setembro do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA).
Na agenda de indicadores hoje, também nos EUA, o dado mais relevante será a preliminar da confiança do consumidor de agosto, cuja projeção é de 66,9 pontos.
Na véspera, uma série de dados macroeconômicos, desde a inflação ao consumidor até os pedidos de seguro-desemprego, tranquilizaram os investidores, apoiando a visão de que o país está caminhando para um cenário de inflação contida acompanhada de crescimento resiliente.
O recente selloff (liquidação) não abalou o apetite dos investidores por ações dos EUA, que registraram a 7ª semana consecutiva de entradas, segundo o Bank of America. Cerca de US$ 5,5 bilhões foram para fundos de ações dos EUA na semana até o dia 14, enquanto as ações globais atraíram US$ 11,5 bilhões.
No segmento de commodities, o minério de ferro caminha para uma forte queda semanal, atingindo o nível mais baixo desde 2022, devido à preocupação de que um aumento da crise na indústria siderúrgica da China reduza a demanda, enquanto o fornecimento das mineradoras permanece robusto.
Por aqui, o destaque é a divulgação do IBC-Br, considerada uma espécie de termômetro do PIB (Produto Interno Bruto), com os dados de junho. O consenso dos analistas ouvidos pela LSEG aponta para uma alta de 0,50%.
Também estão previstas as divulgações do IGP-10 de agosto, Monitor do PIB e a confiança do consumidor.
Brasil
O Ibovespa voltou a fechar no azul na quinta-feira (15), pela oitava vez seguida. Desta vez, a alta foi de 0,63%, fechando aos 134.153 pontos. Mas na máxima do dia, o principal indicador da Bolsa brasileira chegou aos 134.574,50 pontos. Com isso, superou os 134.392 alcançados em 28 de dezembro de 2023, o teto histórico.
Desde o início desse rali, o Ibovespa tem sido impulsionado pela perspectiva de o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) baixar os juros em setembro, o que tem tornado países emergentes, como o Brasil, mais atraentes para investidores.
Anteontem (14), dados de inflação dos EUA mostraram que o acumulado anual segue acima do esperado, próximo dos 3%, mas que os preços voltaram a apresentar um comportamento mais positivo.
Ao final da sessão, o dólar avançou 0,27%, cotado a R$ 5,4833.
Europa
As ações europeias sobem, em sua maioria, nesta manhã de sexta-feira, com o índice de referência regional STOXX 600 subindo mais de 2% nesta semana, o que o coloca no caminho para seu melhor desempenho desde 10 de maio.
Na frente de dados macroeconômicos da região, as vendas no varejo do Reino Unido mostraram uma recuperação de um declínio de 0,9% em junho para um crescimento de 0,5% em julho, em linha com as expectativas de analistas. Os volumes de vendas subiram 1,1% nos três meses até julho.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,25%
DAX (Alemanha): +0,46%
CAC 40 (França): +0,21%
FTSE MIB (Itália): +2,19%
STOXX 600: +0,31%
Estados Unidos
Os índices futuros de Nova York operam no campo positivo hoje, mantendo o movimento da véspera, com os investidores à espera dos dados do sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, além de falas de Austan Goolsbee, presidente do Fed de Chicago.
Dow Jones Futuro: +0,13%
S&P 500 Futuro: +0,08%
Nasdaq Futuro: +0,16%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam no azul, com destaque para alta de 3% do Nikkei, do Japão, que também registrou sua melhor semana em quatro anos, seguindo o fluxo de Wall Street.
Shanghai SE (China), +0,07%
Nikkei (Japão): +3,64%
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,88%
Kospi (Coreia do Sul): +1,99%
ASX 200 (Austrália): +1,34%
Petróleo
Os preços do petróleo, por outro lado, estão em baixa, mas caminham para um segundo ganho semanal consecutivo depois que dados otimistas dos EUA aliviaram as preocupações dos investidores sobre uma possível recessão na maior economia do mundo.
Petróleo WTI, -0,75%, a US$ 77,57 o barril
Petróleo Brent, -0,60%, a US$ 80,55 o barril
Agenda
Nos EUA, serão divulgados hoje os dados do sentimento do consumidor de agosto, da Universidade de Michigan, cuja projeção é de 66,9 pontos. Também são aguardadas falas de Austan Goolsbee, presidente do Fed de Chicago.
Por aqui, no Brasil, no campo político, o plenário do Senado decidiu, por acordo, adiar novamente a votação do projeto que trata da retirada gradual da desoneração da folha de pagamentos de setores da economia e municípios de pequeno porte para a próxima terça-feira. A proposta estava inicialmente pautada para votação na última quarta-feira (14), mas os parlamentares já tinham adiado para ontem (15), também por acordo. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sugeriu que os senadores iniciassem ontem o processo de discussão em plenário, rito anterior à votação, mas ressaltou que a votação ficaria para a próxima semana. Na agenda de indicadores, o destaque no Brasil é o IBC-Br, considerada o termômetro do PIB, com os dados de junho. O consenso dos analistas ouvidos pela LSEG aponta para uma alta de 0,50%. Também saem o IGP-10 de agosto e o Monitor do PIB.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg