Mercados mundiais operam no negativo; nos EUA, investidores aguardam relatório Jolts e Livro Bege

No Brasil, estão na agenda de divulgações dados do antecedente de emprego, da produção industrial e o PMI de serviços.
4 de setembro de 2024

Os mercados mundiais operam no campo negativo, nesta manhã de quarta-feira (4). A aversão ao risco global, impulsionada por preocupações com desaceleração da economia dos EUA e a liquidação de grandes empresas de tecnologia, continua pressionando os mercados.

Na véspera, a fabricante de chips Nvidia perdeu mais de 9% no pregão regular, arrastando outras concorrentes, como Intel, AMD e Marvell. As ações da Nvidia ainda caíram 2% no pré-mercado. A empresa recebeu uma intimação do Departamento de Justiça (DOJ) como parte de uma investigação antitruste em andamento.

Além disso, o mercado está atento à divulgação de dados econômicos relevantes hoje, como o Livro Bege, a balança comercial, o relatório Jolts sobre vagas de emprego e os pedidos de fábricas nos Estados Unidos.

Na Europa, o BCE (Banco Central Europeu) pode reduzir os juros na reunião deste mês, de acordo com Martins Kazaks, membro do Conselho do BCE. “Olhando para os dados que temos disponíveis no momento, podemos dar o próximo passo na direção de diminuir as taxas”, disse.

No Brasil, estão na agenda de divulgações dados do antecedente de emprego, da produção industrial e o PMI de serviços.

Brasil

No dia em que foi divulgado um avanço acima do esperado do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre, o Ibovespa fechou com baixa de 0,41%, na terça-feira (3), aos 134.353 pontos. Foi o quarto pregão consecutivo em queda.

A economia brasileira cresceu 1,4% no segundo trimestre do ano ante o período anterior, segundo informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgadas ontem de manhã.

O PIB foi puxado principalmente pela indústria, que apontou alta de 1,8% no período, e o setor de serviços na sequência, que avançou 1,0% na mesma base. O avanço foi maior do que previam analistas (+0,9%).

O dólar comercial voltou a subir, após o recuo de anteontem, e foi a R$ 5,64, com alta de 0,48%.

Europa

As bolsas europeias operam no vermelho, depois que as ações asiáticas fecharam em queda, à medida que as preocupações com as perspectivas de crescimento global ressurgiram e o forte rali de Inteligência Artificial (IA) ​​atingiu outro obstáculo.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,67%
DAX (Alemanha): -0,65%
CAC 40 (França): -0,71%
FTSE MIB (Itália): -0,59%
STOXX 600: -0,93%

Estados Unidos

Os índices futuros dos Estados Unidos operam no campo negativo, enquanto os mercados precificam a redução de juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA). Os traders preveem que o banco central dos EUA reduzirá as taxas em mais de dois pontos percentuais completos nos próximos 12 meses — a queda mais acentuada fora de uma recessão desde a década de 1980.

Dow Jones Futuro: -0,17%
S&P 500 Futuro: -0,34%
Nasdaq Futuro: -0,55%

Ásia

Os mercados da Ásia-Pacífico caíram na sessão de hoje, liderados pelo Nikkei, do Japão, e Taiex, de Taiwan, depois da liquidação das ações de tecnologia dos EUA e dados econômicos fracos dos EUA que geraram temores de recessão.

Shanghai SE (China), -0,67%
Nikkei (Japão): -4,24%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,10%
Kospi (Coreia do Sul): -3,15%
ASX 200 (Austrália): -1,88%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em baixa e caminham para atingir o nível mais baixo em nove meses, com preocupações com a queda da demanda global.

Petróleo WTI, -0,87%, a US$ 69,84 o barril
Petróleo Brent, -0,60%, a US$ 73,33 o barril

Agenda

Livro Bege, balança comercial, relatório Jolts sobre vagas de emprego e pedidos de fábricas estão na agenda de divulgações hoje nos Estados Unidos.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), disse ontem (3), que a sabatina de Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à presidência do Banco Central, deve ocorrer no dia 17 de setembro. A definição, segundo Vanderlan, depende da aceitação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Estão previstas na agenda de divulgações dados do antecedente de emprego, da produção industrial e o PMI de serviços.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

Continue lendo

Assine nossa newsletter
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.