Ibovespa termina a semana no negativo em 1,05%

As notícias vindas dos Estados Unidos impactaram os mercados mundiais, nesta sexta-feira (6). Depois do relatório de empregos mais importante do país (payroll) mostrar a criação de número de vagas menor que o esperado por analistas, o Ibovespa fechou a sexta com forte queda de 1,41%, aos 134.572 pontos. Na semana, o principal indicador da Bolsa brasileira também terminou com baixa de 1,05%, após quatro semanas no azul.

A desvalorização de hoje é a maior em um só dia desde 7 de junho, quando o índice recuou 1,73%.

Os Estados Unidos criaram 142 mil vagas de trabalho no setor não agrícola no mês de agosto, número abaixo do esperado pelo consenso LSEG (160 mil), mas bem acima das 89 mil vagas criadas em julho (número revisado para baixo).

A taxa de desemprego ficou em 4,2%, menos que os 4,3% do mês anterior. A taxa esperada pelos analistas era exatamente de 4,2%.

Os números acenderam o sinal de alerta nos investidores e saíram espalhando pressão de venda por todo o mundo. Este dado ao lado de outros apontam para uma desaceleração mais forte do que seria considerado ideal para alcançar o “pouso suave”.

Como o payroll é um importante termômetro da saúde da economia norte-americana e, também, um dos balizadores da política monetária, a dúvida agora é sobre se o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) vai cortar os juros em 0,25 ponto percentual ou 0,50 p.p. na reunião de setembro.

Em um dia cheio de dúvidas, houve ainda o derretimento das commodities. A Vale (VALE3) recuou 1,25%, com a maior queda semanal em dois anos para o minério de ferro. A Petrobras (PETR4) perdeu amplos 1,96%, com o petróleo internacional no menor patamar desde junho de 2023. PRIO (PRIO3), pelo mesmo motivo, perdeu 2,44%.