Mercados mundiais começam o dia mistos à espera de decisão do Fed sobre os juros

No Brasil, o Copom do Banco Central deve anunciar, após o fechamento do mercado financeiro, alta de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic.
18 de setembro de 2024

O grande dia chegou! Nesta quarta-feira (18), o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) deve anunciar a primeira redução das taxas de juros em 4,5 anos. À espera da decisão, os mercados mundiais começam o dia mistos. No Brasil, também tem decisão sobre os juros, mas aqui o caminho deve ser o oposto – alta na taxa básica de juros, a Selic.

No caso estadunidense, os traders estão divididos sobre a magnitude do corte. As chances de uma redução de 50 pontos-base têm aumentado nos últimos dias e ficaram em 65%, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group. O Fed também divulgará novas projeções trimestrais, e Jerome Powell, presidente do BC americano, realizará uma coletiva de imprensa após a decisão.

Ontem, novos dados econômicos aliviaram as preocupações de uma forte desaceleração da economia dos Estados Unidos. O último relatório do Departamento de Comércio dos EUA mostrou que as vendas no varejo aumentaram inesperadamente em agosto, depois que um declínio nas receitas das concessionárias de automóveis foi compensado pela força das compras on-line, sugerindo que a economia está em bases sólidas durante a maior parte do terceiro trimestre.

No Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central deve anunciar, após o fechamento do mercado financeiro, alta de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic. Se confirmada a projeção, a taxa passará de 10,50% para 10,75% ao ano.

Na Europa, os indicadores operam majoritariamente em baixa. Por lá, a inflação no Reino Unido subiu 2,2% em agosto na taxa anualizada, mesmo ritmo de julho, o que deve abrir espaço, segundo economistas, para um novo corte no juro até o fim do ano. Amanhã, a autoridade monetária inglesa anuncia sua decisão sobre os juros e a expectativa é a de manutenção.

Além da decisão do Copom, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga hoje a Pesquisa Mensal de Serviços de julho.

Brasil

Após duas altas consecutivas, o Ibovespa voltou a cair, nesta terça-feira (17), refletindo o humor geral de cautela dos mercados, ansiosos com a ‘Superquarta’. O principal indicador da Bolsa brasileira caiu 0,12%, aos 134.960,19 pontos, uma perda de 158,03 pontos.

O grande assunto que já está permeando e vai continuar reverberando nos mercados globais nos próximos dias é a decisão do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), que deve anunciar, nesta quarta-feira, a primeira redução nas taxas de juros após 4,5 anos. A maioria dos analistas espera por um corte de 0,25 ponto percentual, mas a dose ainda é uma incógnita.

Europa

Os ativos europeus operam majoritariamente em queda hoje, enquanto investidores avaliam dados de inflação do Reino Unido e aguardam a decisão de juros do Fed, o banco central estadunidense.

Amanhã (19), o BoE (Banco da Inglaterra) anuncia sua decisão sobre os juros. A expectativa é de manutenção.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,42%
DAX (Alemanha): -0,06%
CAC 40 (França): -0,24%
FTSE MIB (Itália): +0,05%
STOXX 600: -0,34%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam próximos da estabilidade nesta manhã. A expectativa por lá é de que o corte de juros que deve ser anunciado pelo Fed hoje impulsione o crescimento dos lucros corporativos, oferecendo um alívio após um período de altos custos de financiamento e inflação persistente.

Dow Jones Futuro: +0,06%
S&P 500 Futuro: -0,02%
Nasdaq Futuro: -0,08%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam o dia com alta, à medida que investidores digerem dados econômicos do Japão antes da decisão de juros nos Estados Unidos. As importações e exportações japonesas aumentaram, 2,3% e 5,6%, respectivamente, em relação ao ano passado, ambas abaixo das estimativas da pesquisa da Reuters de crescimento de 13,4% e 10%.

Os mercados da Coreia do Sul e de Hong Kong estão fechados hoje, enquanto os mercados da China continental retomarão as negociações após um feriado nacional de três dias.

Shanghai SE (China), +0,49%
Nikkei (Japão): +0,49%
Hang Seng Index (Hong Kong): fechado
Kospi (Coreia do Sul): fechado
ASX 200 (Austrália): +0,01%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em baixa, apagando parte dos ganhos das sessões passadas, enquanto investidores avaliam indicações de estoques mais altos nos EUA, tensões crescentes no Oriente Médio e a trajetória da taxa de juros do Fed.

Petróleo WTI, -1,18%, a US$ 70,35 o barril
Petróleo Brent, -1,03%, a US$ 72,93 o barril

Agenda

Na agenda internacional, a decisão de juros nos EUA e a tradicional coletiva do presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, na sequência.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente Lula vai sancionar, nesta quarta-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto, o projeto de lei que permite a utilização do Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac) para ampliação de crédito a companhias aéreas. Os recursos poderão ser utilizados para empréstimos a empresas aéreas junto ao BNDES. Será possível financiar compra de aeronaves e demais investimentos. Na agenda de dados, tem da decisão do Copom.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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