Na 5ª baixa seguida, Ibovespa cai 0,38%, aos 130.568 pontos

O dólar comercial terminou o dia com nova alta, agora de 0,25%, cotado a R$ 5,53.
23 de setembro de 2024

O Ibovespa emendou, nesta segunda-feira (23), a quinta baixa seguida, ainda sob efeito da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central de elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano, na quarta-feira passada (18). O principal indicador da Bolsa brasileira caiu 0,38%, aos 130.568,37 pontos, uma perda de 497,07 pontos.

O fechamento de hoje leva ao patamar mais baixo desde 8 de agosto, quando o índice encerrou com 128.660,88 pontos.

Para justificar a sequência de baixas, os analistas sacaram novamente da cartola a cantilena da preocupação com o fiscal. Ao menos dois tópicos trouxeram preocupações. O primeiro foi que a equipe econômica anunciou, na última sexta-feira (20), redução em R$ 1,7 bilhão do congelamento do recursos do Orçamento de 2024, conforme dados do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do quarto bimestre.

Apesar de ter ampliado o bloqueio de despesas em R$ 2,1 bilhões em relação ao montante anunciado em julho deste ano, houve uma reversão de R$ 3,8 bilhões no contingenciamento. Com isso, o déficit projetado caiu R$ 0,4 bilhão, para  R$ 28,3 bilhões, devido à melhora na arrecadação.

O segundo ponto foi que o Boletim Focus do Banco Central, divulgado hoje, mostra que a mediana das projeções dos mais de cem analistas consultados para a publicação elevaram a expectativa de inflação medida pelo IPCA de 4,35% para 4,37% este ano. O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) também subiu de 2,96% para 3,00% e a taxa básica de juros, de 11,25% para 11,50%, também em 2024.

Em resposta, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, voltou a defender a atuação da equipe econômica e criticou o que classificou como uma “irracionalidade” por parte dos agentes sobre as contas públicas e a economia brasileira.

“A gente tem o equilíbrio fiscal como fundamento da economia. Há um incômodo quando a gente percebe alguma irracionalidade na repercussão. O fiscal se superou e tem superado as expectativas, isso é um fato”, afirmou.

“A economia está se recuperando, e segue crescendo mais do que o esperado, é um ciclo positivo e a gente deveria torcer para que isso continue assim. Vamos entregar o melhor resultado fiscal dos últimos três ciclos de governo”, complementou Durigan.

Nem mesmo a Vale (VALE3) e a Petrobras (PETR4), que subiram hoje, respectivamente, em +0,31% e +1,02% ajudaram o indicador a fechar no positivo.

Dólar

O dólar comercial terminou o dia com nova alta, agora de 0,25%, cotado a R$ 5,53. Já os DIs (juros futuros) engataram novo dia com altas consistentes por toda a curva.

Mercado externo

Os indicadores de Wall Street fecharam no positivo hoje, com os analistas repercutindo os novos dados dos PMIs em todo o mundo, incluindo uma baixa de 15 meses para a atividade industrial do PMI nos EUA em agosto. Os investidores estão atentos nos dados que comprovem que a economia norte-americana está em um pouso suave, após a baixa de 0,50 p.p. nas taxas de juros dos EUA na semana passada.

O Dow Jones subiu 0,14%, aos 42.124,19 pontos; o S&P 500, +0,28%, aos 5.718,65 pontos; e o Nasdaq, +0,14%, aos 17.974,27 pontos.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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