Ibovespa volta a subir com ajuda da China e após ata do Copom

O dólar comercial acompanhou o sentimento e caiu 1,30%, cotado a R$ 5,46.
24 de setembro de 2024

O Ibovespa voltou a subir, nesta terça-feira (24), após a divulgação da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) e com as notícias vindas da China, que ajudaram a impulsionar as siderúrgicas.

O principal indicador da Bolsa brasileira subiu hoje, após cinco pregões no vermelho, apontando alta de 1,22%, aos 132.155,76 pontos, um ganho de 1.587,39 pontos. Foi a maior alta em um dia desde 4 de setembro (+1,31%).

Começando pela ata divulgada nesta manhã pelo Banco Central, o documento mostra que “os dados referentes à inflação sugerem uma deterioração da composição da inflação, ainda que o número agregado não tenha divergido significativamente do que era esperado no trimestre anterior”.

Na semana passada, o Copom subiu a taxa básica de juros, a Selic, em 0,25 ponto percentual, de 10,50% para 10,75% ao ano. O documento aponta que o colegiado observou uma interrupção no processo desinflacionário no período mais recente. O mercado entendeu que a ata como um recado “duro” do colegiado, convergindo com o comunicado divulgado com a decisão.

Mas o que apoiou mesmo o impulsionamento do indicador hoje foi a força vinda da China, que trouxe otimismo aos mercados mundiais.

O banco central chinês divulgou seu maior estímulo desde a pandemia para tirar a economia da crise deflacionária e trazê-la de volta à meta de crescimento do governo. O pacote anunciado, mais amplo do que o esperado, oferece mais financiamento e cortes nas taxas de juros.

Com isso, a Vale (VALE3), peso-pesado do indicador, disparou 4,88% devido à perspectiva para o mercado de commodities. Outras siderúrgicas foram no embalo. A maior alta do dia foi de CSN (CSNA3), com 9,39%. A Usiminas (USIM5) também subiu forte, a 7,68%, além de Gerdau (GGBR4), que avançou 4,17%, e CSN Mineração (CMIN3), que terminou com mais 4,11%.

Dólar

O dólar comercial acompanhou o sentimento e caiu 1,30%, cotado a R$ 5,46, e os DIs (juros futuros) recuaram por toda a curva.

Mercado externo

Os indicadores de Wall Street fecharam no positivo, a despeito da leitura da Confiança do Consumidor, pelo Conference Board (CB), que mostrou uma forte contração em setembro. Os investidores estão se ajustando antes de três acontecimentos importantes nesta semana, a saber: Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), fala na quinta-feira (26) sobre política monetária; no mesmo dia tem leitura final do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre; e na sexta-feira (27) sai os números da inflação de consumo pessoal, o PCE, o favorito do Fed para balizar a política de juros.

O Dow Jones subiu 0,20%, aos 42.208,22 pontos; o S&P 500, +0,25%, aos 5.732,93 pontos; e o Nasdaq, +0,56%, aos 17.074,52 pontos.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

Continue lendo

Assine nossa newsletter
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.