Como o relatório Jolts no radar, mercados mundiais operam mistos nesta manhã

Por aqui, o destaque no Brasil é a divulgação do PMI industrial de setembro.
1 de outubro de 2024

Os mercados mundiais operam mistos, nesta manhã de terça-feira (1º), com os investidores à espera do primeiro relatório do mercado de trabalho, o Jolts, e digerindo as declarações do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), Jerome Powell. Ontem (30), ele afirmou que o Fed não tem “nenhum curso definido” sobre os próximos passos da política de juros.

Por outro lado, o chairman da autoridade monetária norte-americana destacou que são esperados mais dois cortes neste ano se a economia seguir como o esperado. Mais membros do Fed discursam hoje.

Em relação ao Jolts, trata-se do primeiro indicador sobre o ritmo da criação de vagas nos EUA. Os dados do relatório serão complementados pelo relatório ADP, amanhã (2), e, na sexta (4), pelo mais importante de todos, o payroll, usado pelo Fed para balizar a política monetária.

Por aqui, o destaque no Brasil é a divulgação do PMI industrial de setembro.

Brasil

Ibovespa encerrou a segunda-feira (30), último dia de setembro, com queda de 0,69%, aos 131.816,44 pontos. O principal indicador da Bolsa brasileira também encerra o mês no negativo, mas o terceiro trimestre (julho a setembro) foi o melhor para o índice no ano.

Em setembro, o Ibovespa fechou com baixa de 3,08%, primeiro mês negativo desde maio. Contudo, a alta no trimestre foi de 6,38%, sendo o primeiro no azul.

O período foi marcado pelo corte de juros nos Estados Unidos, uma temporada de balanços considerada positiva para muitas empresas locais, queda do dólar e o retorno de investimentos de estrangeiros.

O dólar comercial terminou o último dia de setembro com alta de 0,19%, cotado a R$ 5,44.

Europa

As bolsas europeias operam majoritariamente em alta, com o Stoxx 600 em equilíbrio com avanços do setor de tecnologia e recuo do setor de bens domésticos. Por lá, os investidores aguardam dados preliminares de inflação da zona do euro.

Os dados são esperados como parte das indicações para um possível novo corte de juros pelo BCE (Banco Central Europeu).

FTSE 100 (Reino Unido): +0,25%
DAX (Alemanha): +0,33%
CAC 40 (França): -0,07%
FTSE MIB (Itália): +0,06%
STOXX 600: +0,19%

Estados Unidos

Os índices futuros dos Estados Unidos romperam com a tradição de setembro e registraram ganhos mensais. No acumulado do ano, o Dow Jones teve alta de 1,85% no mês; o S&P 500 encerrou com alta de 1,93%; e o Nasdaq, +2,66%.

Dow Jones Futuro: -0,20%
S&P 500 Futuro: -0,06%
Nasdaq Futuro: +0,08%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam mistas nesta terça-feira, após as falas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sugerindo que o corte recente de 0,50 ponto percentual na taxa de juros não significa mais cortes nesse patamar.

Os mercados asiáticos se movimentaram com baixa liquidez devido a alguns feriados locais.

Shanghai SE (China), fechado devido a feriado
Nikkei (Japão): +1,93%
Hang Seng Index (Hong Kong): fechado devido a feriado
Kospi (Coreia do Sul): fechado devido a feriado
ASX 200 (Austrália): -0,74%

Petróleo

O petróleo segue em queda, após escalada das tensões no Oriente Médio nesta madrugada.

Petróleo WTI, -2,07%, a US$ 66,62 o barril
Petróleo Brent, -2,26%, a US$ 69,98 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, saem o PMI de indústria (final) de setembro, gastos com construção de agosto, ISM da indústria de setembro e Jolts de agosto.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o Tesouro Nacional divulgou ontem à noite (30) os números da dívida pública federal, com queda de 1,46% em agosto ante julho, para R$ 7,036 trilhões. Os dados foram marcados pela elevação da participação de títulos atrelados à Selic no estoque total, de 44,95% em julho para 46,85% no mês passado, próximo do novo teto estabelecido pela pasta. No período, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) somou R$ 6,716 trilhões, com queda de 1,55%, enquanto a dívida pública federal externa (DPFe) atingiu R$ 319 bilhões, com elevação de 0,48%. Contribuíram para a redução da dívida pública um resgate líquido de R$ 163,17 bilhões no mês passado, valor neutralizado apenas parcialmente por uma incorporação de juros de R$ 57,46 bilhões. Na seara de indicadores, sai hoje o PMI industrial de setembro.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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