Os índices futuros dos Estados Unidos começam a segunda-feira (7) no vermelho, em semana marcada por dados de inflação nos Estados Unidos e no Brasil. Por lá, também será divulgada a ata da última reunião do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, na tradução para o português) do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), na quarta-feira (9).
Os indicadores seguem repercutindo hoje a escalada das tensões no Oriente Médio. Hoje marca um ano do início do conflito entre Israel e o Hamas, que acabou se expandindo para países como o Líbano e Irã.
Ontem (6), o governo do Irã suspendeu voos de todos os aeroportos do país, assim como havia feito antes dos lançamentos de mísseis em direção ao território de Israel na última semana.
Nos Estados Unidos, além da ata do Fomc, também são aguardados dados de inflação nesta semana. Na quinta (10), sai o CPI (Índice de Preços ao Consumidor) e na sexta (11), o PPI (Índice de Preços ao Produtor).
A China, por sua vez, retoma suas negociações amanhã (8) após altas históricas no último pregão antes do feriado da Semana Dourada. Ao longo da semana serão divulgados dados de crédito agregado, novos empréstimos, índice de preços ao consumidor e índice de preços ao produtor.
Por aqui, o destaque será o IPCA (Índice de Preços Amplo ao Consumidor) de setembro, a ser divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na quarta-feira (9). A expectativa do mercado é de aceleração ante agosto, em especial refletindo a pressão em preços de alimentos e em tarifas de energia elétrica.
No campo político, após o primeiro turno das eleições municipais realizado ontem, o Congresso deve retomar a pauta de votações importantes. Na lista está a confirmação da sabatina do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado nesta terça-feira.
Após a aprovação, a nomeação dele para presidente do BC no lugar de Roberto Campos Neto, cujo mandato termina em dezembro, segue para confirmação em plenário do Senado.
Brasil
O Ibovespa passou o dia oscilando e terminou a sexta-feira (4) com leve alta de 0,09%, aos 131.791,55 pontos, ganho de 120,04 pontos. Em uma semana marcada por intensa volatilidade nos mercados globais, o indicador terminou no negativo no acumulado dos cinco dias (-0,71%).
O principal indicador da Bolsa repercutiu o fim da greve dos portuários nos EUA, que já entrava pelo quarto dia; e o relatório de empregos payroll, que veio mais forte que o esperado em setembro.
A leitura do mercado é que o payroll não sinaliza enfraquecimento da economia norte-americana, afastando os temores de que o país pudesse entrar em recessão.
O dólar comercial terminou o dia com queda de 0,33%, cotado a R$ 5,45.
Europa
Os mercados europeus viraram para queda após começaram no positivo.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,06%
DAX (Alemanha): -0,27%
CAC 40 (França): -0,1%
FTSE MIB (Itália): -0,2%
STOXX 600: -0,13%
Estados Unidos
Depois de fecharem a semana no positivo, os indicadores de Nova York começam a segunda em baixa. A divulgação do payroll mais forte na sexta-feira passada (4) deu fôlego para os mercados, ao afastar o risco de recessão da economia norte-americana.
Dow Jones Futuro: -0,34%
S&P 500 Futuro: -0,38%
Nasdaq Futuro: -0,45%
Ásia
As bolsas asiáticas encerraram a sessão em alta. Por lá, o destaque foi o índice Nikkei, de Tóquio, após a guinada de 4,4% nas ações da Nintendo após rumores de possível aumento de participação do fundo soberano da Arábia Saudita na empresa.
Shanghai SE (China), fechado devido a feriado
Nikkei (Japão): +1,8%
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,6%
Kospi (Coreia do Sul), +1,58%
ASX 200 (Austrália): +0,68%
Petróleo
Os preços do petróleo iniciam o dia no positivo novamente após registrarem a maior alta semanal em mais de um ano na sexta-feira. Mesmo após um início de sessão com perdas ligeiras, os futuros do Brent e do WTI viraram para alta e assim permanecem enquanto investidores acompanham a escalada de tensões no Oriente Médio.
Petróleo WTI, +1,71%, a US$ 75,69 o barril
Petróleo Brent, +1,45%, a US$ 79,18 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, saem hoje os dados do crédito ao consumidor.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem (6) que o governo poderá encerrar a liberação das apostas on-line no país se a regulamentação, prevista para entrar em vigor completamente até o ano que vem, não tiver resultado para controlar os gastos excessivos e o endividamento da população. “Estamos fazendo uma regulação. Ainda no mês de outubro vamos tirar 2 mil sites de apostas neste país e depois vamos ver o que a regulação vai garantir de benefícios, de certeza de que a coisa está sendo feita com seriedade”, disse Lula em entrevista depois de votar, em São Bernardo do Campo (SP). “Se não der resultado com a regulamentação, eu quero dizer que não terei nenhuma dúvida de acabar definitivamente com isso”, garantiu o presidente. Na seara de indicadores, saem hoje o IGP- DI de setembro e o Relatório Focus do Banco Central.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias