Ibovespa cai 1,18%, abaixo dos 130 mil pontos, com ‘commodities’ e inflação

O dólar comercial chegou pela terceira vez consecutiva com mais 1,00%, a R$ 5,58. Os DIs (juros futuros) aceleraram, com alguns vértices de curto e médio prazos subindo quase 2%.
9 de outubro de 2024

Esta quarta-feira (9) foi um dia muito ruim para o Ibovespa. Mais uma vez, as commodities afetaram os principais papéis do indicador, que fechou o dia com queda de 1,18%, aos 129.962,06 pontos, baixa de 1.549,67 pontos.

Fazia tempo que o Ibovespa não fechava abaixo dos 130 mil pontos – a última vez aconteceu em 8 de agosto de 2024, quando o índice encerrou o dia com alta de 0,90%, aos 128.660,88 pontos.

As quedas do minério de ferro e do petróleo no mercado internacional afetaram os papéis da Petrobras (PETR4), que caiu 1,01% com nova queda do petróleo; e da Vale (VALE3), que desceu 0,26% com minério de ferro sofrendo na China.

Além disso, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de setembro, divulgado hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), avançou 0,44% puxado pelos preços da energia, como já era esperado.

Porém, o indicador fez subirem os juros futuros de longo prazo, reduzindo o apetite de investidores ao risco.

Com esse resultado, os analistas voltaram a apostar que o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central deve acelerar o ritmo de alta da taxa básica de juros (Selic) na próxima reunião, em novembro, para 0,50 ponto percentual.

Por sua vez, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em rápido comentário sobre o IPCA, disse que a seca prejudicou a leitura, mas que é uma “alta temporária”, ressaltando que aumento de juros “não vai fazer chover”.

Nos Estados Unidos, o tom da ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), que cortou em 0,50 p.p. as taxas de juros, veio ligeiramente mais hawkish (duro) ao descrever a divisão dentro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) na decisão de setembro. Isso deu a entender que o Fed demorou a cortar os juros, por isso optou por uma dose maior na reunião e, agora, deve colocar o pé no freio, optando por uma redução de 0,25 p.p. na próxima reunião, em novembro.

Dólar

O dólar comercial chegou à terceira alta consecutiva, com mais 1,00%, a R$ 5,58. Os DIs (juros futuros) aceleraram, com alguns vértices de curto e médio prazos subindo quase 2%.

Mercado externo

Os indicadores de Wall Street Investidores em Wall Street aceleram as compras e levaram o S&P 500 a um recorde histórico de alta. Isso mesmo diante de uma ata do Federal Reserve considerada mais dura do que o comunicado da reunião de setembro.

O Dow Jones subiu 1,03%, aos 42.512,06 pontos; o S&P 500, +0,71%, aos 5.792,01 pontos; e o Nasdaq, +0,60%, aos 18.291,62 pontos.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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