Os índices futuros dos Estados Unidos operam em trajetória negativa, nesta manhã de quinta-feira (10), com os investidores à espera do relatório de inflação ao consumidor medida pelo CPI (Índice de Preços ao Consumidor), que será divulgado às 9h30 (horário de Brasília).
Trata-se de mais um indicador que pode definir os rumos das taxas de juros nos EUA. O Índice de preços ao consumidor (CPI) tem projeção de alta mensal de 0,1%, de acordo com consenso da LSEG. No apanhado anual, a projeção é de 2,30% (o dado anterior ficou em 2,50%).
Caso venha abaixo do esperado, isso poderia acalmar os receios dos agentes de que a política monetária mais contracionista causaria um chamado repique inflacionário.
A ferramenta FedWatch, do CME Group, mostra probabilidade de 80% de ajuste de 0,25 ponto percentual na decisão de novembro do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), ante 68% de uma semana atrás e 52% de 30 dias anteriores.
Na Ásia, as bolsas chinesas reagem com movimento de queda ainda no aguardo de mais informações sobre mais estímulos à economia chinesa. O pessimismo afetou também as negociações do minério de ferro, que fechou em queda.
Por aqui, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga a Pesquisa Mensal de Comércio. Por sua vez, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) informa o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI).
Brasil
Mais uma vez, as commodities afetaram os principais papéis do Ibovespa, que fechou ontem (9) com queda de 1,18%, aos 129.962,06 pontos, baixa de 1.549,67 pontos.
Fazia tempo que o Ibovespa não fechava abaixo dos 130 mil pontos – a última vez aconteceu em 8 de agosto de 2024, quando o índice encerrou o dia com alta de 0,90%, aos 128.660,88 pontos.
As quedas do minério de ferro e do petróleo no mercado internacional afetaram os papéis da Petrobras (PETR4), que caiu 1,01% com nova queda do petróleo; e da Vale (VALE3), que desceu 0,26% com minério de ferro sofrendo na China.
Além disso, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de setembro, divulgado ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), avançou 0,44% puxado pelos preços da energia, como já era esperado.
O dólar comercial chegou à terceira alta consecutiva, com mais 1,00%, a R$ 5,58.
Europa
As bolsas europeias abriram com alta hoje, enquanto investidores aguardam dados de inflação dos EUA. Na região, os mercados são puxados por ações de seguradoras, que se recuperam ainda acompanhando o impacto do furação Milton nos EUA.
Por outro lado, o setor automotivo caiu 0,55%, devido às pressões competitivas que aumentam os problemas contínuos para as montadoras europeias.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,04%
DAX (Alemanha): -0,24%
CAC 40 (França): -0,15%
FTSE MIB (Itália): +0,32%
STOXX 600: -0,14%
Estados Unidos
Os índices futuros operam em queda hoje, após fecharem em alta na sessão anterior, após a divulgação da ata da última reunião do FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto), com ações de tecnologia retomando ganhos após perdas na terça-feira.
Dow Jones Futuro: -0,14%
S&P 500 Futuro: -0,17%
Nasdaq Futuro: -0,22%
Ásia
As bolsas asiáticas encerraram o dia com alta, acompanhando a movimentação dos mercados nos Estados Unidos. Na China, as ações se recuperam após estagnação na quarta-feira. O movimento também afetou a bolsa de Hong Kong, que subiu 3% na última hora de negociação.
Shanghai SE (China), +1,32%
Nikkei (Japão): +0,26%
Hang Seng Index (Hong Kong): +2,98%
Kospi (Coreia do Sul), +0,19%
ASX 200 (Austrália): +0,43%
Petróleo
Os preços do petróleo sobem nas primeiras negociações desta quinta-feira. Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda ontem após dados dos Estados Unidos mostrarem aumento nos estoques. As perdas, no entanto, foram limitadas pelo risco de interrupções na oferta iraniana em meio a conflitos no Oriente Médio e pelo furacão Milton nos EUA.
Petróleo WTI, +0,79%, a US$ 73,82 o barril
Petróleo Brent, +0,71%, a US$ 77,12 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, saem hoje os pedidos de auxílio-desemprego e o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês).
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que espera que os indicados pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para chefiar diretorias do Banco Central sejam sabatinados pelo Senado em novembro. Em conversa com jornalistas em Brasília, um dia depois da aprovação pelos senadores da indicação do atual diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, para presidir a autoridade monetária, Haddad também afirmou que o futuro presidente da autarquia deve levar em breve sugestões de indicações a Lula. Na seara de indicadores, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga a Pesquisa Mensal de Comércio. Por sua vez, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) informa o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI).
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e Bloomberg
