Índices futuros operam mistos e China fecha em alta; IBC-Br é destaque no Brasil

Relatório do Bradesco aponta que o indicador de atividade do BC poderá apontar uma melhora ligeiramente na margem, em relação a junho, porém deverá ficar em torno de zero no mês.
14 de outubro de 2024

Os índices futuros dos Estados Unidos começam a segunda-feira (14) mistos, após fecharem a semana passada em alta. Já os mercados da China encerraram o dia no positivo, depois de oscilarem na semana anterior com anúncio de estímulos à economia aquém do esperado por analistas.

Nos Estados Unidos, a temporada de balanços ganha força com os investidores aguardando dados do Bank of America, Goldman Sachs e Johnson & Johnson nesta terça-feira (15).

Na Ásia, as bolsas chinesas reagiram às declarações, no sábado (12), do ministro das Finanças, afirmando que o governo tinha espaço “bastante grande” para aumentar o déficit para mexer na economia.

Porém, a China divulgou hoje dados de sua balança comercial, que vieram abaixo do esperado. As exportações chinesas subiram 2,4% em setembro ante igual mês do ano passado, perdendo força em relação ao avanço de 8,7% de agosto, segundo dados publicados pelo órgão alfandegário do país. O resultado de setembro ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam alta de 6% das exportações.

As importações, por sua vez, registraram acréscimo de 0,3% em setembro, após aumento de 0,5% em agosto. Neste caso, o consenso da FactSet era de avanço de 2% no último mês.

Por aqui, após dados mais fracos de serviços e comércio, o Banco Central divulga nesta segunda-feira o IBC-Br, considerado uma espécie de termômetro do PIB (Produto Interno Bruto) de agosto.

Relatório do Bradesco aponta que o indicador de atividade do BC poderá apontar uma melhora ligeiramente na margem, em relação a junho, porém deverá ficar em torno de zero no mês.

Também sai hoje o Boletim Focus do BC, com projeções de analistas do mercado financeiro.

Brasil

Ibovespa fechou a sexta-feira (11) com baixa de 0,28%, aos 129.992,29 pontos, queda de 360,57 pontos. A semana também terminou com perda de 1,37%. Assim como havia se descolado do exterior na quinta (10), a Bolsa brasileira também se descolou do mercado externo na sexta.

Uma parte dos analistas atribuiu a queda às falas do presidente Lula, que abordou uma promessa de campanha de isentar de imposto de renda quem ganha até R$ 5 mil. Para compensar, o governo estuda taxar grandes fortunas.

Além disso, o volume de serviços prestados no país recuou 0,4% em agosto, interrompendo dois meses seguidos de crescimento.

O dólar comercial fechou o dia com alta de 0,50%, cotado a R$ 5,61.

Europa

As bolsas europeias começaram o dia mistas também, acompanhando o sentimento positivo da semana passada e à espera de dados regionais.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,06%
DAX (Alemanha): +0,19%
CAC 40 (França): -0,23%
FTSE MIB (Itália): +0,17%
STOXX 600: -0,01%

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York registraram recordes de fechamento na sexta-feira, com os maiores impulsos vindos das ações financeiras, depois que bancos divulgaram fortes resultados trimestrais.

Dow Jones Futuro: -0,08%
S&P 500 Futuro: +0,09%
Nasdaq Futuro: +0,13%

Ásia

As bolsas da Ásia-Pacífico encerraram a sessão em alta, repercutindo fala do ministro das Finanças chinês, no sábado, afirmando que o governo tinha espaço “bastante grande” para aumentar o déficit para mexer na economia.

Nesta manhã, a China divulgou dados de exportação e importação menores que o esperado em setembro.

Shanghai SE (China), +2,07%
Nikkei (Japão): Fechado devido a feriado
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,75%
Kospi (Coreia do Sul), +1,02%
ASX 200 (Austrália): +0,47%

Petróleo

Os preços do petróleo caem no início da sessão, após as incertezas sobre a economia da China e seu potencial de demanda.

Petróleo WTI, -1,55%, a US$ 74,36 o barril
Petróleo Brent, -1,61%, a US$ 77,79 o barril

Agenda

Agenda internacional esvaziada hoje.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, balanço divulgado na tarde de domingo pela Enel mostra que 760 mil clientes da região metropolitana de São Paulo ainda eram afetados pela falta de energia elétrica. Ou seja, quase 11% da base de clientes da distribuidora estão há cerca de 40 horas sem luz em São Paulo e não há previsão para o restabelecimento do serviço. O Ministério de Minas e Energia (MME) quer todas as concessionárias que operam no estado de São Paulo atuando juntas para solucionar o apagão que atinge a região metropolitana. Na tarde de ontem, a Enel informou que cerca de 760 mil clientes seguem sem luz. Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a concessionária de energia de São Paulo mobilizou menos técnicos em campo do que o esperado e não cumpriu com o plano de contingenciamento para enfrentar a crise climática. No campo de indicadores, o Banco Central divulga hoje o Relatório Focus e o IBC-Br de agosto.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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