Os mercados mundiais operam majoritariamente em baixa, nesta manhã de quarta-feira (16), com a agenda de indicadores esvaziada. O radar dos investidores está voltado à divulgação de balanços do terceiro trimestre do ano.
Para hoje, são esperados os resultados de Morgan Stanley e First Republic Bank. Amanhã (17), os destaques ficam para Netflix, Nestle e Nokia.
Por aqui, a agenda de indicadores também está esvaziada hoje. Com isso, as atenções do mercado se voltam para as medidas elaboradas pelo governo federal de contenção de gastos obrigatórios que serão apresentadas após a realização do segundo turno das eleições.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse ontem (15) que uma parcela das iniciativas deve ser apresentada logo, com uma nova leva de medidas estruturais a serem enviadas em um segundo momento. No total, segundo ela, a equipe econômica tem mais de 30 medidas em estudo.
No corporativo, a Vale (VALE3) informou que produziu 90,97 milhões de toneladas de minério de ferro no terceiro trimestre, alta de 5,5% ante o mesmo período do ano anterior, segundo relatório de produção e vendas divulgado ontem à noite.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne hoje com o presidente do Conselho Diretor da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Luiz Carlos Trabuco, e o presidente-executivo da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney. As apostas on-line, as chamadas bets, devem estar na pauta do encontro.
Brasil
O Ibovespa fechou próximo da estabilidade ontem (15), com leve alta de 0,03%, aos 131.043,27 pontos (um ganho de 38,02 pontos), ajudado pelo bom humor interno, mas tendo o mau humor externo como contrapeso.
A queda nos preços do petróleo e do minério de ferro no mercado internacional, diante de uma economia fraca na China e medidas protecionistas nos Estados Unidos, ajudaram a derrubar a Vale (VALE3) e a Petrobras (PETR4), que caíram, respectivamente, 1,23% e 0,82%.
Porém, o pregão foi salvo pelas falas da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, que convergiram com o que o mercado espera da equipe econômica: o zelo com o lado fiscal. “O Brasil já fez o dever de casa do lado da receita, não é possível resolver o problema fiscal pela receita.”
O dólar comercial subiu 1,33%, cotado a R$ 5,65.
Europa
Os mercados europeus abriram em queda, com a maioria dos setores em território negativo. O movimento local segue o fluxo de queda registrado em Wall Street ontem e a desvalorização na Nikkei durante a madrugada.
No âmbito corporativo, as ações da LVMH caíram 6,3% ontem, uma das piores quedas no índice STOXX 600.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,64%
DAX (Alemanha): -0,16%
CAC 40 (França): -0,61%
FTSE MIB (Itália): +0,02%
STOXX 600: -0,31%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam próximos da estabilidade nesta manhã, após encerrarem o dia de ontem com perdas. A gigante de tecnologia Nvidia caiu 4% e ações de tecnologia perderam 1,8%. A expectativa de analistas é que a volatilidade continue nas próximas semanas.
Dow Jones Futuro: -0,07%
S&P 500 Futuro: 0,0%
Nasdaq Futuro: +0,08%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa, com o Nikkei liderando as perdas da região seguindo Wall Street.
Na China, mercados encerraram dia com estabilidade mas as atenções se voltam para coletiva de imprensa que acontecerá nesta quinta-feira (17), quando deve ser anunciadas mais medidas de estímulo para o setor imobiliário.
Shanghai SE (China): +0,05%
Nikkei (Japão): -1,83%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,16%
Kospi (Coreia do Sul): -0,88%
ASX 200 (Austrália): -0,41%
Petróleo
Os preços do petróleo oscilam perto da estabilidade após sessão de fortes perdas ontem. O relatório da AIE (Agência Internacional de Energia), que cortou a projeção da demanda global em 2024, se somou à notícia de que o governo de Israel evitará atacar instalações nucleares e petrolíferas do Irã, reduzindo o temor de queda na oferta da commodity.
Petróleo WTI, +0,01%, a US$ 70,57 o barril
Petróleo Brent, -0,05%, a US$ 74,21 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, serão divulgados os preços de importados de setembro.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministério da Fazenda estaria desenvolvendo estudo para limitar os supersalários no setor público, como meio de corte de despesas. A ideia seria buscar acordo no Congresso para aprovação do projeto de lei que regulamentaria os salários e limitaria a poucas exceções o pagamento fora do teto remuneratório. Agenda de indicadores esvaziada por aqui.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e Bloomberg