Os mercados mundiais começam a segunda-feira (21) mistos. Nos Estados Unidos, o Dow Jones e o S&P 500 registraram seis semanas consecutivas de alta, a melhor sequência de 2024, mas, hoje, apenas o Dow Jones Futuro está no campo positivo.
Os indicadores refletem os resultados do terceiro trimestre divulgado pelas empresas. Com cerca de 20% das empresas do S&P 500 prestes a divulgar seus números até sexta-feira (25), os investidores estarão atentos para mais sinais sobre a força da maior economia do mundo.
Entre os resultados a serem divulgados nos Estados Unidos, estão os da Alphabet (Google) nesta terça (22), da Tesla na quarta (23) e da Amazon na quinta-feira (24).
Na Ásia, o Banco do Povo da China (PBoC, o banco central) decidiu hoje cortar as taxas básicas de juros (LPRs) da economia chinesa em 0,25 ponto percentual, para 3,1% e 3,6% ao ano, respectivamente.
No campo político, o destaque da semana é o início da 16ª Cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índica, China e África do Sul originalmente), que não contará com a presença do presidente Lula, que sofreu queda em casa na noite de sábado (19) que resultou em um ferimento na cabeça.
Por aqui, a FGV (Fundação Getulio Vargas) divulga o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado). Na sequência, sai o Relatório Focus, com projeções do mercado financeiro para diversos indicadores da economia; e a nova pesquisa Firmus, do Banco Central que ainda está em fase de testes. O objetivo da nova pesquisa é a captação de companhias não financeiras sobre seus negócios e sobre a economia no geral. À tarde, também sai o resultado da balança comercial.
Brasil
O Ibovespa encerrou a sexta-feira (18) com leve queda, influenciada pela Petrobras (PETR4), que esteve entre os principais fatores de baixa devido à desvalorização do petróleo no mercado internacional. A Vale (VALE3) também registrou recuo, acompanhando a queda dos preços do minério de ferro.
O aumento nas taxas dos contratos de DI, reflexo das preocupações com o cenário fiscal do país, afetou os níveis de desempenho de diversas ações na B3, especialmente as relacionadas ao consumo e aquelas de empresas com alto nível de endividamento.
Principal indicador da bolsa brasileira, o Ibovespa caiu 0,22%, fechando em 130.499,26 pontos, após atingir 131.724,66 na máxima e 130.121,08 na mínima do dia. Apesar da queda nesta sessão, o índice acumulou um ganho semanal de 0,39%.
Europa
As bolsas europeias operam mistas, depois de encerrarem a sexta-feira em alta refletindo o anúncio do BCE (Banco Central Europeu), que cortou os juros pela 3ª vez.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,34%
DAX (Alemanha): -0,26%
CAC 40 (França): -0,28%
FTSE MIB (Itália): -0,05%
STOXX 600: 0,00%
Estados Unidos
Os índices futuros operam mistos hoje, com os investidores de olho em mais resultados corporativos. Por lá, estão também no foco das atenções a Tesla Inc., que enfrenta questionamentos sobre suas metas de produção e desafios regulatórios depois que a revelação do seu tão badalado Cybercab não conseguiu entusiasmar os investidores e acalmar as preocupações sobre suas recentes vendas de veículos. A Boeing também terá que acalmar investidores cada vez mais preocupados com atrasos na produção, recursos financeiros esgotados e conflitos trabalhistas.
Dow Jones Futuro: +0,07%
S&P 500 Futuro: -0,04%
Nasdaq Futuro: -0,17%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, enquanto investidores avaliam o anúncio de cortes das taxas de empréstimos na China. O banco central chinês cortou os LPRs de um e cinco anos em 25 pontos-base, para 3,1% e 3,6%, respectivamente.
Shanghai SE (China), +0,20%
Nikkei (Japão): -0,07%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,57%
Kospi (Coreia do Sul): +0,43%
ASX 200 (Austrália): +0,74%
Petróleo
Os preços do petróleo sobem na sessão de hoje, após uma queda de mais de 7% na semana passada devido a preocupações com a demanda na China e uma redução nas preocupações sobre possíveis interrupções no fornecimento no Oriente Médio.
Petróleo WTI, +1,17%, a US$ 70,03 o barril
Petróleo Brent, +1,00%, a US$ 73,81 o barril
Agenda
Na agenda de hoje nos Estados Unidos, estão previstos discursos de membros do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA).
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o governo federal pretende fazer uma ampla reforma administrativa, com a construção de uma nova legislação que venha substituir o Decreto-Lei nº 200/1967. O decreto foi instituído durante a ditadura cívico-militar (1964-1985) e que ainda hoje “dispõe sobre a organização da administração federal.” O propósito, segundo o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), é tornar a legislação compatível com a Constituição Federal. O grupo tem até abril de 2025, doze meses após a instalação da comissão, para elaborar a proposta de revisão do decreto-lei. Na agenda de hoje saem o IGP-M, o Relatório Focus, a nova pesquisa Firmus do Banco Central e a balança comercial.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e Bloomberg