Nesta quarta-feira (23), baixou uma incerteza geral nos mercados globais a respeito do futuro da política monetária na maior economia do mundo, os Estados Unidos. Com a subida dos juros tanto aqui quanto acolá, o Ibovespa fechou mais um dia no negativo – o quinto seguido -, com baixa de 0,55%, aos 129.233,11 pontos, recuo de 718,26 pontos.
Nos Estados Unidos, os títulos do Tesouro, com rendimentos mais elevados, continuam pressionando o dólar. Por lá, há dúvidas em relação à queda dos juros na reunião de novembro do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), principalmente depois que o republicano Donald Trump começou a surpreender na corrida eleitoral à Presidência contra a vice-presidente, a democrata Kamala Harris.
Além da questão eleitoral, com uma possível vitória de Trump no horizonte, a temporada de balanços do terceiro trimestre também tem agitado os indicadores.
Por aqui, depois de elevar a projeção do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) este ano, de 2,1% para 3%, o FMI (Fundo Monetário Internacional) divulgou projeção de que a dívida pública do Brasil atingirá 92% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 e alcançará 97,6% nos próximos cinco anos. O resultado primário só deverá voltar a ser positivo em 2027, segundo as estimativas.
No âmbito corporativo, Vale e Petrobras, empresas de peso no indicador, também sofreram com as quedas das commodities no mercado externo. Ou seja, o dia não foi fácil para ninguém.
Dólar
O dólar comercial caiu 0,08%, cotado a R$ 5,69. Os DIs (juros futuros) novamente ficaram com altas por toda a curva.
Mercado externo
O Dow Jones teve o pior dia do mês, como consequência da subida dos Treasuries por toda a curva e pesando sobre o sentimento. Por lá, o mercado segue reprecificando a probabilidade de que o Fed, o banco central estadunidense, não deve cortar as taxas de juros de modo mais agressivo.
O Dow Jones caiu 0,96%, aos 42.514,95 pontos; o S&P 500, -0,92%, aos 5.597,40 pontos; e o Nasdaq, -1,60%, aos 18.276,65 pontos.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias