Índices futuros operam mistos após perdas na véspera; IPCA-15 é destaque no Brasil

A expectativa é que a prévia da inflação oficial brasileira traga aceleração em relação a agosto em quase todas as categorias.
24 de outubro de 2024

Os índices futuros dos EUA operam mistos, nesta manhã de quinta-feira (24), com os investidores repercutindo a divulgação do balanço trimestral da Tesla, que obteve seu maior lucro trimestral em mais de um ano. As ações da empresa subiram 9% no after market.

Ontem (23), o dia foi marcado por fortes vendas nos principais índices de Wall Street. O Nasdaq Composite liderou as perdas, caindo 1,6%, seguido pelo Dow Jones (-0,96%) e S&P 500 (-0,92%). Foi a terceira sessão consecutiva de declínio para o Dow e o S&P 500.

A temporada de balanços nos Estados Unidos segue firme hoje. Estão previstas as divulgações dos balanços da United Parcel Service, Honeywell, Northrop Grumman, Southwest Airlines e American Airlines.

Por aqui, a expectativa é para a divulgação da prévia da inflação oficial, o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15). A projeção é de que os dados tragam aceleração em relação a agosto em quase todas as categorias.

No âmbito corporativo por aqui, a Vale (VALE3) divulga seu balanço após o fechamento do mercado. A expectativa é de queda de 6% no lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês).

Brasil

Baixou ontem (23) uma incerteza geral nos mercados globais a respeito do futuro da política monetária na maior economia do mundo, os Estados Unidos. Com a subida dos juros tanto aqui quanto acolá, o Ibovespa fechou mais um dia no negativo – o quinto seguido -, com baixa de 0,55%, aos 129.233,11 pontos, recuo de 718,26 pontos.

Nos Estados Unidos, os títulos do Tesouro, com rendimentos mais elevados, continuam pressionando o dólar. Por lá, há dúvidas em relação à queda dos juros na reunião de novembro do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), principalmente depois que o republicano Donald Trump começou a surpreender na corrida eleitoral à Presidência contra a vice-presidente, a democrata Kamala Harris.

Além da questão eleitoral, com uma possível vitória de Trump no horizonte, a temporada de balanços do terceiro trimestre também tem agitado os indicadores.

O dólar comercial caiu 0,08%, cotado a R$ 5,69.

Europa

As bolsas europeias operam com alta, com os investidores repercutindo os últimos resultados corporativos. Por lá, o destaque são as ações da grife francesa Hermes, que avançam mais de 1% com o aumento significativo das vendas do terceiro trimestre.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,86%
DAX (Alemanha): +0,83%
CAC 40 (França): +0,81%
FTSE MIB (Itália): +0,87%
STOXX 600: +0,68%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam sem direção única, com os agentes à espera dos dados dos pedidos semanais de auxílio-desemprego, o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) e dados de vendas de novas casas, além dos balanços corporativos.

Dow Jones Futuro: -0,01%
S&P 500 Futuro: +0,09%
Nasdaq Futuro: +0,02%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam com baixa generalizada, com o sentimento fortemente afetado pelo aumento contínuo dos rendimentos dos títulos dos Estados Unidos e pela crescente dúvida em relação ao futuro da política monetária norte-americana. Esse sentimento fez com que houvesse forte venda das ações das Big Techs norte-americanas ontem, com o Nasdaq registrando a maior queda em quase dois meses, de 1,6%.

Shanghai SE (China), -0,68%
Nikkei (Japão): +0,10%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,30%
Kospi (Coreia do Sul): -0,72%
ASX 200 (Austrália): -0,12%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem, apagando parte das perdas de mais de 1% da sessão anterior depois que os estoques de petróleo bruto dos EUA aumentaram muito mais do que o estimado.

Petróleo WTI, +1,60%, a US$ 71,90 o barril
Petróleo Brent, +1,49%, a US$ 1,45 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, saem os pedidos de seguro-desemprego semanal, o PMI da Indústria Manufatureira e o PMI Composto.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem que um fortalecimento do arcabouço fiscal é o melhor “remédio” para o momento que o país vive, ressaltando que discutirá iniciativas relacionadas ao tema com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista à imprensa em Washington, onde participa de reunião de ministros do G20, Haddad disse que parece “um pouco exagerado” afirmar que o governo não está tomando conta das contas públicas. Na seara de indicadores, sai hoje o IPCA-15.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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