Os índices futuros operam no campo positivo, enquanto as bolsas da Europa estão na zona negativa, nesta manhã de quarta-feira (30). Os destaques da agenda internacional são a divulgação do segundo relatório de empregos, o ADP, e a leitura do PIB (Produto Interno Bruto) do 3º trimestre dos Estados Unidos.
A expectativa é que o PIB tenha registrado crescimento anualizado de 3,1% no período, de acordo com a previsão de consenso da Dow Jones.
Ontem, o relatório Jolts sinalizou uma desaceleração no mercado de trabalho norte-americano, o que trouxe certa apreensão aos investidores.
Os agentes também aguardam com expectativa a divulgação dos resultados trimestrais da Microsoft (MSFT34) e da Meta Platforms (META34) hoje, após a Alphabet (GOGL34), controladora do Google, ter superado as expectativas dos investidores ontem (29).
A série de resultados — incluindo os números da Apple e da Amazon, que serão divulgados nesta quinta-feira (31) — será crucial para determinar se Wall Street conseguirá manter o otimismo em torno das empresas de tecnologia e de inteligência artificial que elevou os índices a níveis recordes neste ano.
Por aqui, enquanto o governo se debruça sobre o corte de gastos anunciado, em mais um aceno ao mercado financeiro, na agenda de indicadores estão previstas as divulgações do IGP-M, a sondagem de serviços e do comércio, além de nota à imprensa sobre a política monetária e operações de crédito.
Brasil
O Ibovespa inverteu ontem (29) o sinal, e fechou com baixa de 0,37%, aos 130.729,93 pontos, uma perda de 482,65 pontos. O principal indicador da Bolsa brasileira foi pressionado principalmente pelos bancos e exterior. Em termos de volume de negócios fechados, foi o pior dia desde 19 de junho.
Do lado dos bancos, o BB (BBAS3) caiu 0,57%, após ficar boa parte da sessão no positivo; Bradesco (BBDC4), a mais negociada do dia, perdeu 1,45%; e Itaú Unibanco (ITUB4) recuou 1,06%.
Mas foi o Santander (SANB11) que liderou a ponta negativa do índice, em reação ao balanço do terceiro trimestre antes da abertura dos mercados. As ações do banco fecharam o pregão com queda superior a 5% — que resultou na perda de R$ 700 milhões em valor de mercado.
O cenário segue fazendo o dólar comercial valorizar, agora na terceira alta seguida, com mais 0,92%, a R$ 5,76.
Europa
As bolsas europeias operam em queda, acompanhando o desempenho negativo de seus pares asiáticos, com todas as atenções voltadas para o orçamento do Reino Unido e os dados de crescimento econômico da zona do euro.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,46%
DAX (Alemanha): -0,43%
CAC 40 (França): -0,83%
FTSE MIB (Itália): -0,88%
STOXX 600: -0,59%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA estão em trajetória positiva, com os números do PIB do terceiro trimestre, balanços de empresas de tecnologia e mais dados do mercado de trabalho no radar dos investidores.
Dow Jones Futuro: +0,11%
S&P 500 Futuro: +0,23%
Nasdaq Futuro: +0,24%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam com queda, exceto o Nikkei, do Japão. Por lá, a expectativa é com as eleições presidenciais norte-americanas, que podem ter reflexos na China, uma vez que o candidato republicano, Donald Trump, que tem grandes chances de vencer as eleições, tem um discurso anti-China.
Das notícias da região, a agência de notícias Reuters informou que as autoridades chinesas estavam avaliando a aprovação de 10 trilhões de yuans (US$ 1,4 trilhão) em empréstimos adicionais nos próximos anos para impulsionar a economia e lidar com os riscos da dívida dos governos locais.
Espera-se que o pacote fiscal seja aumentado se Trump vencer a próxima eleição presidencial dos EUA.
Shanghai SE (China), -0,61%
Nikkei (Japão): +0,96%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,55%
Kospi (Coreia do Sul): -0,92%
ASX 200 (Austrália): -0,83%
Petróleo
Os preços do petróleo sobem com dados da indústria mostrando uma queda surpreendente nos estoques de petróleo bruto e gasolina dos EUA, após duas sessões de perdas devido à perspectiva de redução das hostilidades no Oriente Médio.
Petróleo WTI, +1,29%, a US$ 68,08 o barril
Petróleo Brent, +1,20%, a US$ 71,97 o barril
Agenda
Nos EUA, saem o relatório ADP, de criação de vagas no setor privado, e o PIB do 3º trimestre.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou ontem (29) que as conversas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre um possível pacote de medidas de corte de gastos estão avançando, mas ainda não há uma data prevista para a divulgação. O chefe da equipe econômica conversou com os jornalistas, em Brasília (DF), e disse que o tema vem sendo debatido com Lula em uma série de reuniões. Na seara de indicadores, estão previstas a divulgação do IGP-M e as sondagens de serviços e comércio. Também está na agenda nota à imprensa sobre a política monetária e operações de crédito.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e Bloomberg