Índices futuros começam novembro no azul; relatório ‘payroll’ é destaque nos EUA

No Brasil, saem a pesquisa industrial mensal, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e o índice PMI da indústria da transformação, do S&P Global.
1 de novembro de 2024

Os índices futuros de Nova York começam o mês de novembro no campo positivo, depois da queda na véspera, com os investidores à espera da divulgação do relatório de folha de pagamentos payroll, um dos balizadores da política monetária estadunidense.

O mercado projeta que o ritmo de criação de empregos nos EUA sofra uma desaceleração em outubro, com a adição de apenas 100 mil novas vagas. Esse número, caso confirmado, representaria o menor aumento em quase quatro anos. A taxa de desemprego, por sua vez, deve permanecer em 4,1%.

Os ativos reagem positivamente hoje aos fortes resultados da Amazon (AMZN) e da Intel (INTC). No after hours, os papéis da Amazon subiram mais de 5%. Os resultados foram impulsionados pelos negócios de nuvem e publicidade. Já a Intel subiu mais de 7% após superar as previsões de receita dos analistas e publicar fortes projeções.

O payroll é o último importante dado macroeconômico divulgado nos Estados Unidos antes da reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) na próxima semana.

Os números apresentados nesta semana do mercado de trabalho privado mostraram aumento de criação de vagas.

Ontem, também foi divulgado o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), o favorito do Fed para balizar a política monetária. O indicador acelerou 0,3% em setembro ante agosto, após ter avançado 0,2% no mês anterior. Já o núcleo em 12 meses avançou para 2,7% no mês passado, ante os 2,6% observados em agosto, com a projeção do consenso LSEG também de alta de 2,6%, ou seja, ainda acima da meta de 2% do Fed.

No Brasil, saem a pesquisa industrial mensal, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e o índice PMI da indústria da transformação, do S&P Global.

Brasil

Há muitas coisas acontecendo por aqui e no exterior. Se vivêssemos em tempos normais, era para ser comemorado o fato de o Brasil ter registrado uma taxa de desocupação de 6,4% no trimestre encerrado em setembro. É a segunda menor taxa de desemprego da série histórica da Pnad Contínua do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), iniciada em 2012. Porém, não houve comemoração.

O mês de outubro terminou ontem (31) com clima de apreensão. O Ibovespa encerrou o último dia do mês com queda de 0,71%, aos 129.713,33 pontos, uma perda de 926,00 pontos. Com isso, outubro terminou negativo em 1,60%. É o sexto mês negativo de 2024. Os outros foram janeiro, março, abril, maio e setembro.

O dólar comercial chega à quinta alta seguida, com mais 0,31%, cotado a R$ 5,78.

Europa

As bolsas europeias operam no campo positivo, após encerrarem outubro com a maior perda em um ano, enquanto os investidores avaliavam resultados corporativos, inflação e o orçamento histórico do Reino Unido.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,54%
DAX (Alemanha): +0,38%
CAC 40 (França): +0,55%
FTSE MIB (Itália): +0,32%
STOXX 600: +0,54%

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York estão no campo positivo, enquanto os investidores aguardam o payroll, último dado macroeconômico importante desta semana bastante agitada.

Na próxima semana, acontecem a reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense) e as eleições presidenciais, que estão bastante disputadas.

Dow Jones Futuro: +0,21%
S&P 500 Futuro: +0,30%
Nasdaq Futuro: +0,43%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam com perdas em sua maioria, depois que o Nasdaq e o S&P 500 sofreram seu pior dia em quase dois meses.

Das notícias da região, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de manufatura independente da Caixin China para outubro chegou a 50,3, superando a estimativa mediana de 49,7 em uma pesquisa da Reuters com economistas e se recuperando dos 49,3 de setembro.

Shanghai SE (China), -0,24%
Nikkei (Japão): -2,63%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,93%
Kospi (Coreia do Sul): -0,54%
ASX 200 (Austrália): -0,50%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem mais de 2%, à medida que as tensões geopolíticas no Oriente Médio aumentaram após relatos de que o Irã estava preparando um ataque retaliatório a Israel nos próximos dias.

Petróleo WTI, +3,00%, a US$ 71,34 o barril
Petróleo Brent, +2,80%, a US$ 74,86 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, saem o payroll, taxa de desemprego, o índice PMI da indústria de transformação de outubro e o índice de ISM da indústria de transformação.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, a dívida pública federal caiu 1,25% em setembro ante agosto, para R$ 6,948 trilhões, informou o Tesouro Nacional ontem (31), apontando também uma redução no custo e um alongamento no prazo médio de vencimento dos títulos. No período, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) somou R$ 6,640 trilhões, com queda de 1,13%, enquanto a dívida pública federal externa (DPFe) atingiu R$ 307 bilhões, com recuo de 3,71%. Na seara macroeconômica, saem a pesquisa industrial mensal, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e o índice PMI da indústria da transformação, do S&P Global.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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