Os índices futuros dos EUA operam mistos, enquanto as bolsas europeias estão em trajetória de alta, nesta manhã de segunda-feira (18), em semana marcada pela Cúpula de Líderes do G20 (fórum que reúne as 19 maiores economias do mundo, mais União Europeia e União Africana), que acontece entre hoje e amanhã (19), no Rio de Janeiro, sob a presidência transitória do Brasil.
O documento final da cúpula deve trazer a taxação dos super-ricos, ainda que o governo do argentino Javier Milei esteja se opondo à menção da tributação. O tema é uma das bandeiras do Brasil na presidência transitória do bloco.
Nos Estados Unidos, a semana será marcada por discursos de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) e pela divulgação dos resultados da gigante de tecnologia Nvidia (BDR: NVDC34), programada para a quarta-feira (20). Os analistas projetam aumento superior a 80% na receita da empresa no terceiro trimestre, alcançando US$ 32,9 bilhões.
Enquanto isso, cresce a tensão geopolítica. A Rússia lançou ontem (17) seu maior ataque aéreo contra a Ucrânia em quase três meses, com 120 mísseis e 90 drones, matando pelo menos sete pessoas e causando danos severos ao sistema de energia, segundo autoridades.
Os ucranianos estavam há semanas se preparando para um novo ataque russo contra um sistema de energia já debilitado, temendo longos apagões durante o inverno e aumentando a pressão psicológica, quase 1.000 dias depois da Rússia começar sua invasão em grande escala.
Na seara de indicadores hoje por aqui, saem o IPC da Fipe, o Relatório Focus do Banco Central e a balança comercial semanal.
Brasil
O Ibovespa terminou o último pregão da semana, na quinta-feira passada (14), com leve alta de 0,05%, aos 127.791,60 pontos, um ganho de apenas 57,72 pontos. No acumulado da semana mais curta devido ao feriado da Proclamação da República na sexta-feira (15), o principal indicador da Bolsa terminou levemente no negativo (-0,03%), a quarta seguida fechando no vermelho.
No cenário interno, o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado um termômetro do PIB (Produto Interno Bruto), registrou avanço de 0,80% em setembro na comparação com o mês anterior. O resultado ficou bem acima da expectativa de avanço de 0,50% e, com isso, o índice fechou o terceiro trimestre com crescimento de 1,1%.
O resultado evidencia a resiliência da economia brasileira, apesar da taxa básica de juros, a Selic, estar em patamares elevados (11,25% ao ano).
O dólar comercial terminou também próximo da estabilidade, com baixa de 0,01%, cotado a R$ 5,79.
Europa
As bolsas europeias operam majoritariamente em alta, com investidores de olho na agenda de dados ao longo da semana, como os dados de inflação do Reino Unido na quarta-feira (20) e o índice de preços ao consumidor da zona do euro também está programado para divulgação nesta semana.
Também está previsto pronunciamento da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,26%
DAX (Alemanha): +0,32%
CAC 40 (França): +0,16%
FTSE MIB (Itália): -0,99%
STOXX 600: +0,07%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam mistos, enquanto os investidores aguardam falas de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense) ao longo da semana, que poderão dar sinais dos próximos passos da política monetária do país.
Atualmente, a maioria dos investidores projeta uma taxa de empréstimo overnight no final do ano entre 4,25% e 4,50%, de acordo com a ferramenta CME FedWatch.
Dow Jones Futuro: -0,09%
S&P 500 Futuro: +0,18%
Nasdaq Futuro: +0,69%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam sem direção única, enquanto investidores aguardam por dados de inflação do Japão e taxas preferenciais de empréstimo da China.
Shanghai SE (China), -0,21%
Nikkei (Japão): -1,09%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,77%
Kospi (Coreia do Sul): +2,16%
ASX 200 (Austrália): +0,18%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em alta, depois que os conflitos entre Rússia e Ucrânia se intensificaram no fim de semana, embora as preocupações sobre a demanda de combustível na China, o segundo maior consumidor do mundo, e as previsões de um superávit global de petróleo tenham pesado sobre os mercados.
Petróleo WTI, +0,28%, a US$ 67,21 o barril
Petróleo Brent, +0,41%, a US$ 71,33 o barril
Agenda
A agenda internacional semana traz falas de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), além de dados macroeconômicos na Europa.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o pacote de corte de gastos do governo está pronto e só depende de ajustes com o Ministério da Defesa. Segundo Haddad, o conjunto de medidas acertado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é do tamanho que a área econômica elaborou. Apesar de não confirmadas oficialmente, notícias na imprensa que começaram a circular na quarta-feira, de que o pacote fiscal do governo pode ter impacto de R$ 70 bilhões, trouxeram certo otimismo para os negócios no Brasil no fim da semana passada. Na seara de indicadores hoje por aqui, saem o IPC da Fipe, o Relatório Focus do Banco Central e a balança comercial semanal.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e Bloomberg