Cúpula de Líderes do G20 termina nesta 3ª feira com vitórias do Brasil à frente do comando do bloco

Presidente Lula conseguiu emplacar pilares de sua gestão no documento final do evento. Hoje, transição energética e passagem do bastão à África do Sul estão na agenda.
19 de novembro de 2024

A Cúpula dos Líderes do G20 termina, nesta terça-feira (19), no Rio de Janeiro, com vitória inquestionável do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que conseguiu emplacar temas que foram pilares durante a sua presidência transitória à frente do bloco. Na agenda de hoje, estarão em debate transição energética e passagem da presidência do fórum internacional à África do Sul.

O documento final do evento, que obteve consenso de todos os países-membros do G20, traz temas como inclusão social, combate à fome e a pobreza; apoio à tributação dos bilionários; medidas pela transição energética; reforma da governança global e celeridade nas ações pelo clima e apoio à COP 30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), que acontece em 2025 em Belém do Pará, no Brasil.

Esses são os compromissos centrais da histórica Declaração de Líderes do G20 do Rio de Janeiro, que foi divulgada ontem (18). Os temas foram a diretriz do mandato transitório de Lula à frente do G20.

Ao todo no evento, estavam programadas 271 atividades entre debates, conversas e mesas temáticas organizadas por movimentos sociais, grupos de engajamento, organismos internacionais, conselhos, universidades, governos, setor privado, dentre outros, do Brasil e do exterior.

O Brasil coordenou a discussão de temas importantes para a economia global, como tributação de grandes fortunas, digitalização dos governos e ampliação da oferta de crédito em organismos internacionais. O G20 no Brasil recebe 55 líderes de países e chefes de organizações.

Transição energética na mesa do G20 no Rio

Hoje de manhã, as lideranças presentes no evento no Rio debatem transição energética. Os países do G20 (19 nações mais ricas, mais União Africana e União Europeia) representam a maior parte das emissões de carbono e discutirão estratégias e alternativas para uma economia mais sustentável.

Ao final do evento, ocorrerá a cerimônia de transmissão da presidência do G20 do Brasil para a África do Sul, que assumirá a presidência em 2025.

Após o encerramento, a agenda dos líderes será reservadas para reuniões bilaterais restritas entre seus pares.

No fim de semana, o evento foi palco do G20 social, em que sindicatos e organizações da sociedade civil puderam dar sugestões para os temas discutidos no âmbito da cúpula. Ao final, foi entregue um documento ao presidente Lula.

No documento, as entidades enfatizaram a “centralidade do trabalho decente, conforme os padrões da OIT [Organização Internacional do Trabalho], como elemento essencial na superação da pobreza e das desigualdades”.

Ao longo do dia de ontem, foram realizadas duas sessões de discussões entre os líderes, a primeira dedicada ao lançamento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza e a segunda para debater a reforma da governança global.

Pela noite, foi anunciado que os integrantes do G20 aprovaram a declaração final da cúpula

Ao todo, 82 países – dentre os quais se incluem Estados Unidos, China, França, Alemanha, Índia, Austrália, Noruega e Bangladesh – se comprometeram com a iniciativa.

A última nação a declarar adesão à Aliança foi a Argentina, uma vez que havia resistente do ultraliberal Javier Milei em assinar o documento. Ele teria adotado uma postura mais dura após a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos.

Enquanto o presidente Lula recebeu outras autoridades com um sorriso e as cumprimentou para a foto de recepção, nota-se distância entre ele e Milei no momento da fotografia dos dois. É a única foto em que Lula não sorri.

Vale lembrar que, no passado, Milei ofendeu o petista com palavras como comunista, ladrão e corrupto nas redes sociais.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
 

 

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