Manifesto de apoio à candidatura de Lula é assinado por mais de 1.000 economistas

Os economistas refutam a condução da política econômica atual que tem resultado em desmonte do parque produtivo nacional
14 de junho de 2022

Um manifesto em apoio à candidatura de Lula à presidência da República será lançado, nesta terça-feira (14), por um grupo de economistas, entre os quais André Campedelli e Deborah Magagna, ambos do ICL.

O documento intitulado “Movimento dos Economistas pela Democracia e Contra a Barbárie” coletou 1.144 assinaturas de profissionais de todos os estados da Federação em apoio a candidatura de Lula. Entre os signatários estão nomes como Luiz Gonzaga Belluzzo, professor da Unicamp; o senador Jean Paul Prates (PT-RN); Rogério Studart, ex-diretor-executivo do Banco Mundial; e Leda Paulani, professora de Economia na USP.

No Manifesto em apoio a candidatura de Lula, os economistas se opõem ao projeto político de Jair Bolsonaro e seus apoiadores, entendendo que as tentativas de enfraquecimento das instituições têm por intuito a implantação de um sistema político autoritário, uma ditadura neofascista sustentada por polícias e milícias armadas.

Os signatários também refutam a condução da política econômica que tem resultado em desmonte do parque produtivo nacional, conduzindo o país segundo uma economia neocolonial, assentada na exportação de mercadorias de baixo valor agregado e em uma base produtiva que se reprimariza e se desindustrializa progressivamente.

“O desmonte da economia nacional é notório. Os investimentos públicos foram travados, reduzidos ao seu menor valor. Políticas públicas voltadas para educação, ciência e tecnologia, preservação ambiental e garantia dos direitos humanos foram abandonadas. Os programas de transferência de renda foram instrumentalizados para fins eleitorais e fragilizados, não alcançando toda a população que deles necessita”, diz o manifesto.

Para os economistas que apoiam a candidatura de Lula, o ciclo vicioso predominante de estagnação econômica, alto desemprego, fome e insegurança alimentar somente será revertido com a construção de sólido programa de investimentos em infraestrutura econômica, urbana e social, com destaque para iniciativas que reduzam desigualdades sociais e regionais. Eles ainda destacam que há a necessidade da extinção do teto de gastos e a criação de um novo arcabouço fiscal para que o governo federal volte ao papel de principal impulsionador do crescimento.

Ao final do manifesto em apoio a candidatura de Lula, os signatários destacam que “temos clareza de que o retorno do Brasil a uma trajetória de progresso civilizatório passa, necessariamente, pela eleição da chapa Lula-Alckmin no primeiro turno das eleições gerais. Também é fundamental votarmos para governadores, senadores e deputados federais e estaduais que se oponham firmemente ao governo de Jair Bolsonaro e estejam alinhados com a defesa permanente da democracia, do Estado de Direito e da Constituição Federal de 1988”.

Leia o manifesto dos economistas que apoiam a candidatura de Lula:

MOVIMENTO DOS ECONOMISTAS PELA DEMOCRACIA E CONTRA A BARBÁRIE

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