A renúncia de Boris Johnson ao cargo de primeiro-ministro do Reino Unido foi anunciada, nesta quinta-feira (7), depois de ele ter sido abandonado por ministros e pela maioria de seus parlamentares conservadores. “O processo de escolha do novo líder deve começar agora”, disse Boris Johnson à porta do número 10 da Downing Street, em Londres.
O político não sobreviveu às pressões em meio à rebelião de sua própria legenda, o Partido Conservador, após escândalo sexual que envolve um aliado próximo. No entanto, ele permanecerá na função de forma interina enquanto o Partido Conservador escolhe seu sucessor.
Em reação à notícia, o índice FTSE 100, que reúne as 100 principais ações da Bolsa de Londres, subia 1,27%, às 8h58 (horário de Brasília,12h58 no horário do Reino Unido). Nos mercados de bonds, o rendimento dos títulos do governo do Reino Unido de 10 anos subiu para 2,124%. No mesmo horário, a libra era negociada a US$ 1,1973, com alta de 0,34% em relação ao dólar.
Analistas de mercado especulam que as implicações econômicas da esperada renúncia dependerão do sucessor de Johnson, mas é provável que qualquer um que lidere o próximo governo britânico opte pelo relaxamento da política fiscal.
BCE divulga ata no mesmo dia da renúncia de Boris Johnson
No mesmo dia da renúncia do primeiro-ministro, o Banco Central Europeu (BCE) divulgou a ata da reunião realizada em 9 de junho. Com isso, investidores têm um “pacote” de temas para analisar as próximas decisões que movimentarão o mercado financeiro internacional.
Na ata, dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) avaliam que um aumento inicial mais agressivo de seus juros básicos poderá desencadear uma reação excessiva nos mercados de juros, diante das atuais projeções macroeconômicas e elevado grau de incertezas.
“É fundamental que o BCE mantenha sua credibilidade, mostrando sua determinação”, afirma o documento, no qual os dirigentes consideram ainda a estagflação como um “resultado improvável”.
No encontro do mês passado, o BCE revelou planos de elevar seus juros em 25 pontos-base na reunião do próximo dia 21. Mas há especulação sobre um aumento maior, possivelmente de 50 pontos-base, à medida que a inflação na zona do euro renova sucessivos recordes em meio aos efeitos da guerra na Ucrânia.
Na ata, os dirigentes apontam que o crescimento e o mercado de trabalho da zona do euro seguem “surpreendentemente” robustos, apesar da dimensão dos choques de oferta.
Redação ICL Economia
Com informações das agências