As bolsas da Europa e os índices futuros de Nova York (EUA) recuam nesta manhã de quinta-feira (21), no aguardo do anúncio do Banco Central Europeu (BCE) sobre a primeira elevação da taxa de juros em mais de uma década, e que ainda poderá sinalizar para um aperto mais agressivo nos próximos meses. O mercado está igualmente ansioso pelo anúncio de uma ferramenta que evite a fragmentação do mercado de dívida europeu. O BCE precisa desenhar um mecanismo que impeça uma diferença brutal dos prêmios de risco entre os países mais desenvolvidos do bloco, como é o caso da Alemanha, e os países periféricos. Espera-se que, hoje, a autoridade monetária explique como será o desenho dessa ferramenta: requisitos, duração e como serão equilibradas as medidas de retirada de liquidez, de modo que consiga controlar a inflação sem provocar um choque de dívida.
Ainda na Europa, a Rússia retomou o fornecimento de gás através do gasoduto Nord Stream 1, dissipando os temores de interrupção do gás para o continente. No Japão, a bolsa registrou ganhos modestos, depois que o banco central japonês manteve as taxas de juros.
Brasil
O Ibovespa fechou em leve alta na quarta-feira (20), subindo 0,04%, aos 98.286 pontos. Segundo os analistas, o principal índice da bolsa brasileira encerrou o pregão em estabilidade, porque ontem não houve muitas notícias relevantes no cenário econômico ou a publicação de dados que pudessem interferir na bolsa. O dólar comercial subiu 0,74%, cotado a R$ 5,46 na compra e a R$ 5,461 na venda.
Europa
A expectativa sobre o anúncio do BCE marca a manhã das bolsas europeias, que registram queda. A bolsa da Itália registra a maior perda do continente após o país mergulhar em nova incerteza política com a notícia de renúncia do primeiro-ministro Mario Draghi nesta quinta (21), depois que vários partidos da coalizão governista se abstiveram de um voto de confiança que visava renovar e reunir a aliança fragmentada. As eleições antecipadas na Itália podem agora ocorrer em setembro ou outubro.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,43%
DAX (Alemanha), -0,79%
CAC 40 (França), -0,29%
FTSE MIB (Itália), -2,34%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta manhã. Além do aguardo das decisões do BCE, os investidores acompanham a divulgação de balanços das empresas do segundo trimestre de 2022. Nas primeiras semanas da temporada de balanços, os resultados corporativos ajudaram a acalmar os temores sobre uma recessão iminente.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,35%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,34%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,35%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam mistas, depois que o banco central japonês manteve suas taxas de juros, reduzindo sua previsão de crescimento para 2022 e aumentando suas previsões de inflação.
Shanghai SE (China), -0,99%
Nikkei (Japão), +0,44%
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,51%
Kospi (Coreia do Sul), +0,93%
Petróleo
Os preços do petróleo também estão em queda pela segunda sessão consecutiva, resultado das preocupações com a demanda, que superaram a oferta global apertada depois que os dados do governo dos EUA mostraram uma demanda menor por gasolina durante o pico da temporada de verão.
Petróleo WTI, -3,17%, a US$ 96,71 o barril
Petróleo Brent, -2,76%, a US$ 103,97 o barril
Agenda
Nos EUA, serão divulgados hoje os Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego; Índice de Atividade Industrial e Índice de Condições Empresariais – Fed Filadélfia/Jul; Índice de Indicadores Antecedentes dos EUA/Jun; e Estoque de Gás Natural.
Por aqui, no Brasil, os investidores aguardam pela prévia operacional da Petrobras após o fechamento dos mercados. A Braskem também informou que vai divulgar hoje seu relatório de produção e vendas do 2T22. Nos indicadores, a Receita Federal divulga o resultado da arrecadação de junho.
Redação ICL Economia
Com informações das agências