No último pregão do mês, mercados da Europa e dos EUA operam no positivo. Resultados das big techs puxam bolsas

Na Europa, o foco dos investidores está no PIB da zona do euro, que registrou alta de 0,7%, e na inflação ao consumidor
29 de julho de 2022

Na manhã deste último pregão do mês (sexta, 29), os mercados da Europa e dos EUA estão registrando alta, puxados por fortes resultados corporativos das principais empresas de tecnologia americanas e à espera de dados econômicos importantes da zona do euro e dos EUA. Já as bolsas da Ásia fecharam sem direção definida.

Em questão de dias, o mercado levantou duas novas hipóteses para a economia norte-americana. A primeira, de que uma desaceleração econômica dispensaria o Federal Reserve (Fed) de subir as taxas de juros com mais afinco. A segunda é a dúvida se os Estados Unidos estariam realmente entrando em recessão, uma vez que seu PIB (Produto Interno Bruto) se contraiu pela segunda vez consecutiva.

Os olhares do mercado estão dirigidos aos dados macroeconômicos, com destaque para o deflator do Consumo Privado (PCE) dos EUA, indicador de inflação que orienta o Fed. Na Europa, o foco está no PIB (a zona do euro registrou alta de 0,7% no PIB) e na inflação ao consumidor. Nesta manhã, foram divulgados os índices de crescimento do PIB da França (+0,5%) e da Espanha (+1,1%), que superaram as expectativas, colocando os países em uma base mais firme em um ambiente de inflação em alta e risco de interrupção de energia por parte da Rússia.

Brasil

Nesta quinta-feira (28), o Ibovespa acompanhou, em parte, a alta nos índices dos EUA, mas também foi impulsionado pelas companhias de commodities. Com isso, o principal índice da bolsa brasileira encerrou o pregão no positivo em 1,14%, aos 102.596 pontos. O dólar comercial caiu 1,67%, cotado a R$ 5,163 na compra e na venda.

Europa

As bolsas da Europa operam em alta com os investidores repercutindo resultados corporativos e crescimento do PIB da zona do euro acima do esperado. O bloco registrou alta de 0,7% no PIB, superando as expectativas de crescimento de 0,2% e contrastando fortemente com as leituras negativas dos Estados Unidos no primeiro e segundo trimestres.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,67%
DAX (Alemanha), +0,67%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em alta impulsionados pelos ganhos de Amazon e Apple, que reportaram números animadores após o fechamento dos mercados. Os resultados são divulgados em uma semana de dados econômicos importantes e, também, preocupantes, com a decisão do Fed (Federal Reserve) de elevar em 0,75 ponto percentual a taxa básica de juros, na quarta-feira (27), e uma leitura negativa do PIB na quinta-feira (28), o que influenciou as expectativas de que a autoridade monetária americana possa desacelerar o passo de alta de juros.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,19%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,58%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,99%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam sem direção definida nesta sexta-feira, com destaque para baixa de 2% do índice Hang Seng, de Hong Kong, pressionado por ações de tecnologia. As ações de Alibaba e Meituan caíram 7,01% e 7,18%, respectivamente.

Shanghai SE (China), -0,89%
Nikkei (Japão), -0,05%
Hang Seng Index (Hong Kong), -2,26%
Kospi (Coreia do Sul), +0,67%

Petróleo

As cotações do petróleo sobem, nesta manhã, com oferta apertada à medida que as atenções se voltam para OPEP +, que concordou a respeito de uma reunião na próxima semana.

Petróleo WTI, +1,88%, a US$ 98,24 o barril
Petróleo Brent, +1,99%, a US$ 109,27 o barril

Agenda

Hoje, nos EUA, sai o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) de junho, com consenso Refinitiv apontando para alta mensal de 0,5% na comparação com maio e de 4,7% na base anual. O indicador é a medida preferida de inflação do Fed (Federal Reserve). Também será divulgado o indicador de confiança do consumidor de julho.

Por aqui, no Brasil, a semana termina com destaque para a divulgação da taxa de desemprego (PNAD Contínua); resultado primário de maio, com consenso Refinitiv esperando déficit de R$ 24,5 bilhões; e confiança de serviços de julho.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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