Na expectativa da divulgação do resultado da gigante do varejo Walmart, os índices futuros de Nova York operam com leves perdas na manhã desta terça-feira (16) após subirem na véspera. O balanço do Walmart é um importante termômetro do comportamento do consumo nos EUA, apesar de os resultados não necessariamente refletirem os recentes indicadores de recuo da inflação e da atividade, que reforçaram a ideia de que o Fed (Federal Reserve) não elevará mais de modo agressivo a taxa de juros do país. Além disso, as bolsas americanas devem refletir a divulgação de dados de construção de casa novas e da produção industrial de julho nos EUA, que saem hoje.
Outro dado importante é que, amanhã (17), será divulgada a ata da reunião de julho do Fed (Federal Reserve), que poderá dar pistas do caminho a ser seguido pela autoridade monetária a respeito da taxa básica de juros na próxima reunião, em setembro.
Por sua vez, as bolsas da Ásia-Pacífico fecharam sem direção definida nesta terça-feira, depois da divulgação das fortes altas de empresas imobiliárias chinesas e mineradoras australianas sendo compensadas por mercados fracos do Japão e de Hong Kong.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (15) em alta mesmo após dados econômicos fracos vindos da China. O principal índice da bolsa brasileira subiu 0,24%, a 113.032 pontos. Essa é a maior pontuação desde 20 de abril, quando o indicador somou 114.344 pontos. Na opinião de analistas, os investidores seguem nas expectativas de inflação de médio prazo e na trajetória da taxa de juros nos EUA e nas grandes economias.
O dólar fechou o dia em alta de 0,35%, cotado a R$ 5,091 na compra e a R$ 5,092 na venda.
Europa
Os mercados europeus operam em alta nesta terça-feira, reverberando o impulso positivo visto no final da semana passada. A balança comercial da zona do euro registrou um déficit de 24,6 bilhões de euros, acima do consenso de déficit de 20 bilhões de euros.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,35%
DAX (Alemanha), +0,81%
CAC 40 (França), +0,35%
FTSE MIB (Itália), +0,44%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam com leves baixa na manhã de hoje (16), na expectativa da divulgação do balanço do Walmart e, também, dos dados da produção industrial. Na véspera, os mercados se recuperaram e ficaram positivos quando os bens de consumo básicos, serviços de comunicação e ações de consumo discricionário subiram.
Contudo, os rendimentos do título de dívida norte-americana de dez anos – referência global para decisões de investimento – caíram na véspera, como resultado da decisão do banco central da China de cortar importantes taxas de empréstimo para fomentar a demanda, depois que a economia desacelerou inesperadamente em julho.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,08%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,17%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,18%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam mistos na sessão de hoje (16), como consequência das fortes altas de empresas imobiliárias da China e mineradoras australianas sendo compensadas por mercados fracos do Japão e de Hong Kong.
Shanghai SE (China), +0,05%
Nikkei (Japão), -0,01%
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,05%
Kospi (Coreia do Sul), +0,22%
Petróleo
Assim como ocorreu na véspera, as cotações do petróleo estão em recuo. Isso ocorre devido aos fracos dados econômicos da China, maior importador de petróleo do mundo. Esse movimento estimulou novas preocupações sobre uma possível recessão global, a qual poderia afetar a demanda por energia.
Petróleo WTI, -1,06%, a US$ 88,46 o barril
Petróleo Brent, -1,31%, a US$ 93,85 o barril
Agenda
Nesta terça (16), sai o resultado da produção industrial nos EUA referente a julho. O consenso Refinitiv prevê alta de 0,3% na comparação com o mês anterior. Serão divulgados também dados de imóveis e estoques de petróleo no país.
Por aqui, no Brasil, no campo político, começa oficialmente a campanha eleitoral nesta terça-feira (16). Nesse âmbito, tomam posse no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) os ministros Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski, como presidente e vice-presidente do órgão, respectivamente. No campo econômico, será divulgado o IPC-S semanal.
Redação ICL Economia
Com informações das agências
