O Brasil abriu 218.902 empregos com carteira assinada em julho, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho e Previdência. O número é inferior ao do mês passado e também menor do que o alcançado em julho de 2021.
A quantidade de empregos (218.902) é a diferença entre 1.886.537 contratações e de 1.667.635 desligamentos registrados no mês. Na lista das 10 profissões que mais geraram vagas no país com carteira assinada estão faxineiro, assistente administrativo, vendedor de comércio varejista, alimentador de linha de produção, auxiliar de escritório, servente de obras, atendente de lojas e mercados, auxiliar nos serviços de alimentação, atendente de lanchonete e motorista de caminhão. No entanto, a maior parte das ocupações dessa lista ainda não recuperou o patamar de atividade pré-pandemia.
O resultado de julho é negativo se comparado a junho, quando foram abertas 277.944 vagas de emprego formal — uma diferença de 59.042 vagas. O dado também apresenta queda em relação a julho de 2021, quando foram criados 306.477 novos empregos com carteira assinada. A diferença é de 87.575 vagas. O mercado financeiro esperava um novo avanço no emprego no mês, segundo analistas consultados pela Projeções Broadcast, mas o saldo veio abaixo da mediana das previsões, calculada em 250 mil postos de trabalho. No acumulado de 2022, o saldo é de 1.560.89 empregos, decorrente de 13.554.553 admissões e de 11.993.657 desligamentos.
Todos os setores tiveram saldo positivo no mês, com mais contratações que demissões, se analisados apenas os dados de julho, diz o governo federal. A área de serviços foi a que mais abriu postos, com 81.873 novos contratos. Veja os resultados a seguir:
-Serviços: 81.873 novas vagas;
-Indústria geral: 50.503 novas vagas;
-Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas: 38.574 novas vagas;
-Construção: 32.082 novas vagas,
-Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: 15.870 novas vagas.
Segundo os dados divulgados hoje pelo governo, o salário médio de admissão em julho foi de R$ 1.926,54 no território nacional. Comparado ao mês anterior, houve acréscimo real de R$ 15,31, um ganho de 0,80%. Quatro dos cinco setores registraram alta no salário. O único com variação negativa foi o de indústria geral.
O setor de serviços, muito afetado pela pandemia, vem colhendo os frutos da reabertura da economia e do retorno das atividades presenciais e, por essa razão, foi o que mais originou vagas com carteira assinada no país nos últimos 12 meses. Veja a seguir a variação relativa do salário médio por setor:
-Serviços: R$ 2.049,82 (+0,67%);
-Construção: R$ 2.005,31 (+1,43%);
-Indústria geral: R$ 1.955,23 (-1,22%);
-Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas: R$ 1.685,67 (+1,95%),
-Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: R$ 1.673,52 (+0,84%).
Números do Caged abarcam apenas setor privado com carteira assinada
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada, isto é, não incluem os informais. Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).
Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar e abrangem também o setor informal da economia.
Segundo o IBGE, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 9,3% no trimestre encerrado em junho. Porém, é recorde o número de trabalhadores na informalidade, ou seja, sem direitos trabalhistas.
De acordo com o IBGE, a quantidade de empregados sem carteiras –informais– atingiu 13 milhões em junho de 2022, o maior índice da série histórica, iniciada em 2012. O contingente cresceu 6,8% em relação ao trimestre anterior (827 mil pessoas) e 23% em relação ao 2º trimestre do ano passado, o que representa 2,4 milhões de pessoas. A taxa de informalidade foi de 40% da população ocupada, contra 40,1% no trimestre anterior e 40,0% no mesmo trimestre de 2021. O número de trabalhadores informais chegou a 39,3 milhões, recorde da série histórica do indicador, iniciada em 2016.
Fonte: Ministério do Trabalho
Redação ICL Notícias
Com informações das agências de notícias