Depois de uma quinta-feira um pouco nervosa, as bolsas mundiais estão operando em alta nesta manhã de sexta-feira (30). Os índices futuros dos EUA também estão em trajetória ascendente hoje após atingirem o nível mais baixo desde novembro de 2020. Os investidores aguardam as falas de membros do Fed (Federal Reserve) nesta sexta-feira, à espera de sinais do que pode acontecer com o futuro da economia americana.
Mas, embora operem em alta, os principais índices americanos devem encerrar o mês no negativo. Por exemplo, o S&P 500 cai 7,9% em setembro, enquanto o Dow e o Nasdaq caem 7,2% e 9,1%, respectivamente.
Os mercados da Europa também operam em alta. A inflação ao consumidor na zona do euro fechou setembro em 10,0% ante os 9,1% de agosto. Já a taxa de desemprego ajustada na área do euro foi de 6,6%, estável em relação a julho de 2022 e abaixo dos 7,5% em agosto de 2021.
Por outro lado, a maioria das bolsas asiáticas fechou em baixa após a queda do mercado americano na quinta-feira, apesar de novos dados mostrem que a atividade econômica na China cresceu acimada das expectativas em agosto.
O Índice de Gerentes de Compras da indústria manufatureira da China cresceu em setembro para 50,1. O yuan chinês se valorizou em relação ao dólar, estendendo os ganhos pela segunda sessão consecutiva.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (29) em queda mesmo com estimativas mais positivas para a economia brasileira divulgadas hoje pelo Banco Central. O principal índice da Bolsa brasileira recuou 0,73%, a 107.664 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores avaliam os relatórios sobre a inflação divulgado mais cedo pelo Banco Central, que passou a estimar uma alta de 2,7% no PIB deste ano, acima dos 1,7% esperados antes. Já para o próximo ano a expectativa é de uma alta menor, de 1%.
Nas negociações do dia no Ibovespa, o dólar comercial subiu 0,86% frente ao real, negociado a R$ 5,395 na compra e a R$ 5,396 na venda.
Europa
As bolsas europeias também operam em alta na última sessão do mês de setembro, caminhando para uma recuperação após a queda de ontem. Os dados da economia continuam preocupando, uma vez que a inflação de setembro fechou em patamares mais elevados que no mês anterior e do que era projetado pelo mercado.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,71%
DAX (Alemanha), +1,00%
CAC 40 (França), +1,20%
FTSE MIB (Itália), +1,27%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA também estão em trajetória de alta nesta manhã de sexta-feira (30), após uma forte queda dos mercados a vista no pregão passado, levando o S&P a atingir uma nova mínima em 2022. Na véspera, a Apple liderou o declínio, fechando em 4,9%.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,60%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,73%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,69%
Ásia
Na contramão das demais, as bolsas asiáticos recuaram em sua maioria nesta sexta-feira, embalados pela nova mínima das bolsas americanas atingida na véspera.
Shanghai SE (China), -0,55%
Nikkei (Japão), -1,83%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,33%
Kospi (Coreia do Sul), -0,71%
Petróleo
As cotações do petróleo sobem e caminham para seu primeiro ganho semanal em cinco semanas, apoiadas por um dólar mais fraco e a possibilidade de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) concorde em cortar a produção de petróleo em sua reunião de 5 de outubro.
Petróleo WTI, +1,22%, a US$ 82,22 o barril
Petróleo Brent, +1,28%, a US$ 89,62 o barril
Agenda
Nos EUA, será divulgado o Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) de agosto, indicador de consumo pessoal considerado o índice preferido do Fed para acompanhar o comportamento de preços. O consenso Refinitiv prevê alta de 0,4% em setembro, na comparação com agosto, e de 4,7% na comparação anual.
Por aqui, no Brasil, o último debate presidencial transmitido ontem (29) pela TV Globo foi marcado por direitos de respostas dos dois primeiros colocados nas pesquisas de intenção de votos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), primeiro colocado, e o presidente Jair Bolsonaro (PL), o segundo. No campo econômico, será divulgado nesta manhã a taxa de desemprego de agosto (pesquisa Pnad Contínua), com consenso Refinitiv de 8,9%, uma queda em relação aos 9,1% de julho.
Redação ICL Economia
Com informações das agências
