Depois da divulgação dos resultados piores do que o esperado de grandes empresas de tecnologia, os mercados operam voláteis nesta manhã de quarta-feira (26). Enquanto as bolsas europeias estão sem direção definida, os índices futuros dos EUA operam em baixa hoje, interrompendo uma sequência de três dias de fortes ganhos.
Ontem (25), as ações da Alphabet (Google) e da Microsoft caíram no pré-mercado após a divulgação dos números do trimestre, que vieram abaixo do previsto, abalando o humor dos investidores americanos. Isso porque os resultados podem ser um indício de que os dados econômicos da economia americana estão respingando nas empresas. Para hoje, é aguardado o resultado da Meta (M1TA34), controladora do Facebook.
Na Europa, a temporada de balanços também está em curso. O espanhol Santander divulgou seu resultado ontem, e o lucro de US$ 2,4 bilhões do último trimestre veio acima das previsões (US$ 2,2 bilhões). O banco foi beneficiado pela política de juros em alta do BCE (Banco Central Europeu). A filial brasileira da instituição divulgou lucro 14% maior no período, com as receitas de empréstimos e operações compensando um salto nas provisões.
Contudo, o dado mais importante deve vir amanhã (27), com a decisão do BCE (Banco Central Europeu) sobre os juros, que deve ser elevado em 75 pontos-base.
Ainda no velho mundo, os mercados aguardam a confirmação de Jeremy Hunt será mantido no Tesouro pelo primeiro-ministro Rishi Sunak e, assim, possa anunciar em 31 de outubro seu plano fiscal, informação preciosa para que o Banco da Inglaterra (BoE) possa tomar sua decisão a respeito da política monetária para domar a inflação ascendente.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (25) no maior recuo percentual diário desde novembro, repercutindo o caso envolvendo o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), preso no domingo, no Rio de Janeiro. O principal índice da Bolsa brasileira caiu 1,20%, a 114.626 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, o foco desta semana está na reunião de política monetária do Banco Central Europeu, em que provavelmente elevará as taxas de juros em mais 0,75 ponto percentual na próxima quinta-feira (27), enquanto tenta conter a inflação em cinco vezes sua meta, segundo pesquisa da Reuters.
O dólar ganhou 0,26% frente ao real, a R$ 5,316 na compra e a R$ 5,317 na venda
Europa
As bolsas europeias operam sem direção hoje depois da divulgação de resultados corporativos e à espera da reunião BCE, amanhã, ocasião em que a autoridade monetária definirá a nova taxa básica de juros.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,03%
DAX (Alemanha), +0,54%
CAC 40 (França), +0,29%
FTSE MIB (Itália), 0,00%
Estados Unidos
Os índices futuros de Nova York recuam nesta manhã após os mercados à vista engatarem três altas seguidas na véspera. O balde de água fria veio dos resultados abaixo do esperado das empresas de tecnologia.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,08%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,74%
Nasdaq Futuro (EUA), -1,69%
Ásia
Os mercados asiáticos, por sua vez, fecharam em alta diante da nota da Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China a respeito da criação de um mercado “regulado, transparente, aberto, animado e resiliente”. Ontem, houve a notícia de que bancos estatais chineses venderam dólares nos mercados onshore e offshore para enfraquecer o yuan perante a moeda americana.
Shanghai SE (China), +0,78%
Nikkei (Japão), +0,67%
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,00%
Kospi (Coreia do Sul), +0,65%
Petróleo
As cotações do petróleo passaram a subir após um início de pregão negativo, com o dólar se firmando e com dados da indústria mostrando que os estoques de petróleo dos EUA acima do esperado.
Petróleo WTI, +0,49%, a US$ 85,75 o barril
Petróleo Brent, +0,13%, a US$ 93,64 o barril
Agenda
Nos EUA, os destaques da agenda de indicadores para esta quarta-feira são os dados do setor imobiliário, especialmente de hipotecas; da balança comercial, com previsão de saldo negativo de US$ 86 bilhões; de estoques de varejo e de atacado de setembro (previsão de alta de 1,0%, ante alta de 1,3% em agosto); e de vendas de casas novas em setembro, com previsão de queda a 585 mil, ante 685 mil em agosto.
Por aqui, no Brasil, no campo político, é aguardada nova rodada de pesquisas para hoje, quando serão divulgadas Genial/Quaest, PoderData, Atlas e Modalmais/Futura. No âmbito econômico, o dado mais importante é a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre a taxa de juros. A aposta do mercado é de que a Selic mantida em 13,75%, ao ano.
Redação ICL Economia
Com informações das agências