Bolsas internacionais e futuros de Nova York operam sem direção única à espera da taxa de juros da zona do euro

A divulgação de lucros abaixo do esperado de grandes empresas de tecnologia, como a Meta (Facebook), também mexeram com a confiança do investidor
27 de outubro de 2022

As bolsas internacionais e os índices futuros de Nova York operam sem direção única nesta manhã de quinta-feira (27), após a divulgação de resultados corporativos abaixo da expectativa do mercado. Os investidores também aguardam com ansiedade a nova taxa de juros do BCE (Banco Central Europeu), que será divulgada ainda hoje. A expectativa do mercado é de um acréscimo de 0,75 ponto percentual, para 2,00% ao ano.

Sobre a taxa de juros da Europa, as projeções são de que a autoridade monetária deve manter o aperto uma vez que a inflação da União Europeia está próxima dos 10%.

Já nos EUA, as ações da Meta, controladora do Facebook, caíram quase 20% no after-market após a divulgação de um lucro mais de 50% menor no terceiro trimestre. Hoje, grandes empresas de tecnologia também publicarão seus balanços. Os mais aguardados são os da Amazon e da Apple. Outras grandes empresas também estão na lista de divulgação, com destaque para Mc Donald’s e Caterpillar.

Os balanços têm sido um importante termômetro para o mercado, a fim de  verificar como a alta da inflação e outros dados econômicos dos EUA têm afetado os negócios das grandes corporações.

Outro dado importante será a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre, que dará sinais de como está a saúde da economia dos EUA, e os pedidos de seguro-desemprego semanais e bens duráveis ​​de setembro.

Brasil

Ibovespa fechou o pregão de quarta-feira (26) em queda diante da reta final para o segundo turno das eleições e de balanços dos bancos. O principal índice da Bolsa brasileira caiu 1,62%, a 112.764 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, o destaque de ontem ficou por conta da desvalorização acentuadas dos bancos, após o Santander ter divulgado queda nos lucros da companhia. Outros bancos também fecharam em baixa, acompanhando o movimento do Santander como o Bradesco e o Banco do Brasil.

O dólar fechou em alta de 1,22%, cotado a R$ 5,381 na compra e a R$ 5,382 na venda.

Europa

As bolsas europeias operam mistas nesta manhã. Além dos dados corporativos, os agentes do mercado aguardam com ansiedade a divulgação da nova taxa básica de juros pelo BCE, para controlar a alta da inflação.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,28%
DAX (Alemanha), -0,24%
CAC 40 (França), -0,59%
FTSE MIB (Itália), -0,46%

Estados Unidos

A exemplo das bolsas, os índices futuros dos EUA operam mistos nesta manhã, depois da divulgação dos resultados abaixo do esperado das empresas de tecnologia.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,32%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,10%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,33%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, após a divulgação de dados econômicos na região, como o PIB da Coreia do Sul, que cresceu 0,3% no trimestre em relação ao trimestre anterior. Já na China, os lucros industriais de janeiro a setembro caíram 2,3% em comparação com um ano atrás.

Shanghai SE (China), -0,55%
Nikkei (Japão), -0,32%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,72%
Kospi (Coreia do Sul), +1,74%

Petróleo

As cotações do petróleo operam perto da estabilidade após subirem mais cedo, ampliando os ganhos da véspera. O movimento foi impulsionado por exportações recordes de petróleo dos Estados Unidos e um dólar mais fraco.

Petróleo WTI, +0,22%, a US$ 88,10 o barril
Petróleo Brent, +0,25%, a US$ 95,93 o barril

Agenda

Na Europa, a notícia mais importante é a divulgação da taxa de juros pelo BCE (Banco Central Europeu). A expectativa do mercado é de um acréscimo de 0,75 ponto percentual, para 2,00% ao ano. Por sua vez, nos EUA serão divulgados o PIB do trimestre e os pedidos de seguro-desemprego da semana, com projeção de subida a 220 mil, dos 214 mil da semana passada.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o destaque é para a divulgação da pesquisa Datafolha. Já na agenda econômica, o destaque é a taxa de desemprego de setembro (Pnad), com projeção de 8,7%, uma leve melhora diante dos 8,9% de agosto, e a confiança da indústria.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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