As eleições de meio de mandato nos EUA estão mexendo com os mercados mundiais. Os índices futuros dos EUA estão em movimento de baixa nesta manhã de quarta-feira (9), enquanto as bolsas europeias e asiáticas caminham sem direção única. Os cidadãos americanos foram às urnas ontem (8) e os resultados ainda devem demorar a sair, devido às características das eleições nos EUA, cuja contagem de votos é mais lenta. As projeções indicam, no entanto, que os republicanos devem ganhar com margem apertada.
O resultado do pleito, que vai escolher novos deputados e parte dos senadores e, também, de governadores, é importante para saber se o presidente dos EUA, o democrata Joe Biden, conseguirá manter maioria no Parlamento para aprovar os projetos necessários ao desenvolvimento do país. Contudo, as projeções na Câmara dos Deputados não são das mais animadoras. Com uma pauta conservadora, os parlamentares republicanos devem levar a maioria das cadeiras, complicando a vida de Biden. O Senado, por sua vez, continua uma incógnita.
Já no campo econômico, a agenda está esvaziada de indicadores importantes. Os investidores aguardam hoje a divulgação dos números dos estoques do atacado de setembro. O consenso de mercado prevê alta de 0,8%, desaceleração ante o avanço de 1,3% do mês anterior.
Na Europa, as bolsas operam sem direção definida, na toada da expectativa das eleições legislativas americanas. Na Ásia, as bolsas também fecharam sem rumo certo pela mesma razão.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (8) em alta, recuperando parte das perdas da véspera. O principal índice da Bolsa brasileira fechou o pregão em alta de 0,71%, a 116.160 pontos. Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores estão atentos a transição para a gestão Lula e as eleições para a Câmara dos Representantes e o Senado dos Estados Unidos.
Nos Estados Unidos, o principal evento do dia, que tem mexido com as negociações das bolsas no mundo todo, foram as eleições de meio de mandato. Essas eleições renovam a Câmara dos Deputados, além de um terço do Senado. Para o presidente Joe Biden, é importante que o seu partido conquiste a maioria dos votos para que suas propostas de governo sejam mais facilmente aprovadas.
O dólar perdeu 0,56% frente ao real, negociada a R$ 5,144 na compra e na venda.
Europa
Os mercados europeus estão operando sem direção definida nesta manhã, com investidores da região aguardando definições sobre as eleições de meio de mandato dos EUA. Do lado corporativo, os resultados trimestrais continuam a ser um dos principais impulsionadores dos preços das ações na Europa.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,37%
DAX (Alemanha), -0,33%
CAC 40 (França), -0,04%
FTSE MIB (Itália), +0,42%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA recuam após abrirem em alta, com investidores de olho nos resultados das eleições da metade do mandato no país.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,29%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,27%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,23%
Ásia
Os mercados asiáticos também fecharam sem direção definida, enquanto investidores aguardam os resultados das eleições de meio de mandato dos EUA. Na região, também mexeu com os mercados o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da China, que caiu pela primeira vez em outubro desde dezembro de 2020.
Shanghai SE (China), -0,53%
Nikkei (Japão), -0,56%
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,20%
Kospi (Coreia do Sul), +1,06%
Petróleo
As cotações do petróleo operam em baixa na sessão de hoje, à medida que aumentam as preocupações com a demanda de combustível, em meio a piora dos surtos de Covid-19 na China, principal importador de petróleo.
Petróleo WTI, -0,54%, a US$ 88,43 o barril
Petróleo Brent, -0,31%, a US$ 95,06 o barril
Agenda
Na agenda econômica dos EUA, serão divulgados os estoques no atacado e estoques de petróleo semanal (EIA). Com a pauta de indicadores esvaziada, as atenções estão voltadas às eleições legislativas.
Por aqui, no Brasil, no campo político, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, vai se encontrar com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, nesta quarta-feira (9), em Brasília (DF), para bater o martelo sobre a PEC da transição, que acomodará os gastos que não foram previstos no Orçamento de 2023. No âmbito econômico, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgará, às 9h, os números das vendas no varejo em setembro.
Redação ICL Economia
Com informações das agências