Balança comercial registra superávit até a metade de novembro, porém o saldo se encontra 2,7% abaixo do registrado em 2021

Até segunda semana de novembro, o saldo registrado foi de US$ 2,55 bilhões, resultado direto de um volume de US$ 11,12 bilhões em exportações e de US$ 9,33 bilhões em importações
18 de novembro de 2022

O saldo da balança comercial registrado, até a segunda semana de novembro, mostrou uma melhora no saldo obtido, principalmente pela alta das exportações dos bens produzidos na indústria extrativa, setor que mais sofreu com a desaceleração da economia chinesa neste ano. Com isso, até o momento o saldo registrado em novembro foi de US$ 2,55 bilhões, resultado direto de um volume de US$ 11,12 bilhões em exportações e de US$ 9,33 bilhões em importações. O volume exportado se elevou em ritmo mais elevado do que o volume importado, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, o que proporcionou um saldo acumulado apenas 2,7% menor do que o registrado no ano passado. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Economia.

“O volume de exportações aumentou mais do que o volume importado até a metade de novembro, o que contribuiu com a melhora dos dados da balança comercial. Mesmo assim, o volume ainda ficou abaixo do registrado no ano anterior, ainda que com um fluxo melhor. Os últimos meses ainda podem reverter esta tendência, mas por enquanto a possibilidade é baixa”, explicam os economistas do ICL Deborah Magagna e André Campedelli.

Em outubro, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 3,9 bilhões. No acumulado do ano, de janeiro a outubro de 2022, o saldo da balança comercial brasileira se encontrava 11,8% menor do que o registrado no mesmo período de 2021.

O valor acumulado na balança comercial em 2022, até a metade de novembro, é de US$ 53,13 bilhões, resultado 2,7% menor do que o registrado no mesmo período do ano anterior, que foi de US$ 57,4 bilhões

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Crédito: Envato

O acumulado na balança comercial em 2022, até a metade de novembro, chegou a US$ 53,13 bilhões, resultado 2,7% menor do que o registrado no mesmo período do ano anterior, que foi de US$ 57,4 bilhões. O saldo de 2022 foi resultado de um volume de US$ 291,7 bilhões em exportações e de US$ 238,64 bilhões em importações, enquanto no mesmo período do ano anterior, havia sido registrado um volume de US$ 256,4 bilhões em exportações e de US$ 198,9 bilhões em importações. A melhora do volume exportado de minerais metálicos, principalmente o minério de ferro, elevou a exportação dos produtos da indústria extrativa, aumentando o saldo da balança comercial até o momento.

Utilizando a média diária de produção, é possível comparar os períodos de 2021 e de 2022. Para a agropecuária, o volume exportado foi 62,9% maior do que o registrado no ano anterior, com destaque para o milho, que teve um resultado 216,6% melhor. Outros setores também se destacam, como o café, com alta de 58,8%, o algodão com alta de 98,6% e a soja com alta de 12,4%. A única baixa relevante registrada foi das frutas, que tiveram queda de 19% se comparado ao mesmo período do ano anterior.

A indústria extrativa tem sido a que mais sofreu com a desaceleração da economia chinesa, mas com a melhora ocorrida nestes primeiros dias do mês, voltou a ter um aumento do volume exportado quando comparada ao mesmo período do ano anterior. O setor apresentou alta de 21,14%, resultado de uma expansão do óleo bruto de petróleo de 71,8%, do minério de cobre de 22,75%, de outros minerais brutos de 258% e do minério de níquel de 285%. Mesmo assim, a exportação do minério de ferro, principal produto do setor, continuou apresentando queda, mesmo que menor que a observada em meses anteriores, foi de 21,4%. Devido a isso, o setor conseguiu ter um saldo positivo nesta primeira metade do mês.

A indústria de transformação, mesmo sem tanta importância na pauta exportadora, continuou apresentando bons resultados neste ano, com elevação de 22,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Alguns destaques foram o petróleo, com alta de 184,8%, a carne bovina de 118%, a carne de aves em 43,9%, o farelo de soja em 61% e o açúcar e melaço em 19,7%. A única queda observada também veio do setor do ferro, com os seus componentes caindo 28,4% e os semi-acabados de ferro caindo 6,2%.

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Fonte: Secretaria de Comércio Exterior / Ministério da Economia


Redação ICL Economia
Com informações do Economia Para Todos – Boletim Diário de Notícias Econômicas e Atualização do Mercado

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