O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin para o comando do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços). A pasta será recriada a partir do Ministério da Economia e terá como objetivo reverter a desindustrialização e incentivar a geração de empregos. Segundo reportagem publicada no G1, Alckmin terá na pasta mais dois importantes órgãos para a economia, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cujo comando ficará por conta do ex-ministro Aloizio Mercadante, e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil ).
Antes de selecionar um nome para o comando do Mdic, o presidente eleito havia divulgado que o nomeado deveria transitar bem entre o empresariado e, ao mesmo tempo, construir pontes com o Congresso para a definição de novas políticas para o setor.
A indicação de Alckmin foi bem-aceite pela indústria, conforme a coluna Painel S.A., da Folha de S.Paulo. Ontem (22), a coluna ouviu alguns representantes das principais entidades do setor. Primeiramente, a recriação da pasta era uma reivindicação dessas entidades.
A Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) disse que a recriação do ministério “atende aos interesses maiores do país, considerando ser prioritária uma política industrial de longo prazo.” Rafael Cervone, presidente em exercício da federação, afirmou que a indicação de Alckmin “evidencia a importância que [o novo governo] está conferindo à reindustrialização.”
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) disse a indústria estará em boas mãos com a indicação do vice-presidente eleito, pois Alckmin conhece as prioridades da agenda de desenvolvimento do país e da indústria.
Por sua vez, a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) também elogiou a escolha e, em nota, afirmou que o vice-presidente eleito tem perfil conciliador, capacidade de diálogo, experiência e trajetória política.
Alckmin, no comando do MDIC, deve trabalhar com Mercadante. Os dois atuaram juntos na transição
Pela estrutura desenhada pela equipe de Lula, o vice-presidente Alckmin vai trabalhar com Mercadante, que vai presidir o BNDES. Os dois atuaram juntos na transição. Alckmin coordenou a equipe, enquanto Mercadante chefiou os grupos temáticos.
Além do BNDES e da Apex, fontes dizem que a pasta deve ficar com outros órgãos, tais como a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus); o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e a Sempe (Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresa). Lula até cogitou ter um ministério para as micro e pequenas empresas, porém preferiu ter uma secretaria no Mdic.
Alckmin também deve responder pelo braço do governo federal no Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Já a Camex (Câmara de Comércio Exterior) deverá ficar no Ministério da Fazenda. O futuro ministro da pasta, Fernando Haddad, fez questão de ter o órgão na estrutura da pasta. A Camex tem a atribuição de formular, implementar e coordenar políticas relativas ao comércio exterior brasileiro e, também, trata de temas tarifários que envolvem a produtividade e a competitividade de empresas brasileiras no mercado internacional.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias