O Ibovespa fechou o pregão desta terça-feira (3) em forte queda com o mercado de olho nas sinalizações do novo governo. O principal índice da Bolsa brasileira caiu 2,08%, a 104.166 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores estão atentos as sinalizações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ontem, o ministro disse que buscará uma “harmonização” entre a política fiscal (contas públicas) e monetária (definição de juros pelo Banco Central). Ele também afirmou que o Ministério da Fazenda enviará ao Congresso, no primeiro semestre, uma proposta de uma nova âncora fiscal para as contas públicas, substituindo o teto de gastos.
Entre as medidas já anunciadas pelo governo estão a prorrogação da desoneração dos impostos federais que incidem sobre os combustíveis, a prorrogação do valor de R$ 600 do Bolsa Família e a revogação da privatização de estatais.
O dólar comercial fechou em alta de 1,72%, a R$ 5,452 na compra e na venda.
Destaques do dia do Ibovespa
Nas negociações do dia do Ibovespa, p petróleo despencou no mercado internacional. O barril do Brent para março caiu 4,1%, para US$ 82,43, com uma nova contração da atividade industrial da China, segundo maior importador global da commodity.
No geral, a sessão do Ibovespa de hoje foi mais uma pressão negativa para os papéis da Petrobras (PETR3;PETR4) que, em apenas duas sessões, acumulam perdas de quase 10%. O futuro da estatal na gestão Lula III está sendo questionado, com o governo apontando para mudanças na política de preços, investimento em refino e em transição energética.
Mercado externo
As Bolsas nos Estados Unidos estrearam 2023 dando sequência às perdas do ano passado. O Dow Jones caiu 0,04%, aos 33.134 pontos; o S&P 500 fechou em baixa de 0,41%, aos 3.823 pontos; e a Nasdaq recuou 0,76%, aos 10.386 pontos.
ICL Economia com informações das Agências