Os índices futuros de Nova York operam em baixa nesta manhã de sexta-feira (3), enquanto as bolsas da Europa têm trajetória indefinida com os investidores à espera dos dados do mercado de trabalho dos EUA. Além disso, no mercado americano os agentes repercutem os resultados da Apple e da Alphabet (dona do Google), que desapontaram na véspera. Na Ásia, as bolsas também fecharam sem direção única.
As duas gigantes de tecnologia reportaram resultados do quarto trimestre abaixo das estimativas do consenso de mercado. Por conta disso, os papéis da Alphabet caíram quase 4% no after market, enquanto as ações da Apple caíram 3,2%.
Para hoje, está prevista a divulgação dos dados oficiais do mercado de trabalho nos EUA (payroll). O consenso Refinitiv prevê que 185 mil vagas de emprego tenham sido criadas no país em janeiro (ante 223 mil em dezembro). A respeito da taxa de desemprego, analistas projetam crescimento de 3,5% para 3,6%.
Com isso, a semana termina após muitas informações importantes que impactam as principais economias do globo. Lembrando que, na quarta-feira (1º), o Fed (Federal Reserve) anunciou aumento de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, enquanto o BCE (Banco Central Europeu) e o BoE (Banco da Inglaterra) elevaram seus juros em 0,50 p.p.
Agora, resta aguardar até que ponto esses números vão impactar as próximas decisões dos bancos centrais.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (2º) em queda, com investidores repercutindo as decisões sobre a taxa de juros nos EUA e no Brasil. O principal índice da Bolsa brasileira recuou 1,72%, a 110.140 pontos.
Segunda analistas do mercado financeiro, a Vale e Petrobras foram destaques da queda na sessão de hoje, em meio ao recuo das cotações do minério de ferro e petróleo no mercado internacional – cenário que também fez com que os papéis de outras empresas dos setores de óleo e gás e de mineração e siderurgia operassem no vermelho e figurassem entre os piores desempenhos do Ibovespa.
Nas negociações do dia, o dólar fechou em queda de 0,30%, cotado a R$ 5,044 na compra e a R$ 5,045 na venda.
Europa
As bolsas da Europa operam sem direção única no pregão de hoje, com investidores digerindo as decisões de política monetária do BCE e do Banco da Inglaterra na véspera, que elevaram suas taxas de juros em 0,50 ponto percentual.
Enquanto o Banco Central Europeu sinalizou nova elevação da mesma magnitude para março, o BoE indicou, em seu comunicado, que deve reduzir o ritmo do aperto monetário.
Na Europa, outro dado que impactou o humor dos mercados foi o índice de preços ao produtor da zona do euro, que subiu 1,1% em dezembro na comparação mensal e 24,6% na anual, acima do esperado. O consenso Refinitiv previa baixa mensal de 0,4% e alta de 22,5% na base anual.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,09%
DAX (Alemanha), -0,92%
CAC 40 (França), -0,62%
FTSE MIB (Itália), -0,65%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam com baixa nesta manhã de sexta-feira, após alta do S&P 500 e do Nasdaq na véspera, em meio à expectativa de que o ciclo de aperto monetário esteja perto do fim. Ontem, a ação da Meta, dona do Facebook e do Instagram, teve a maior alta desde 2013 após a divulgação dos balanços positivos da gigante de tecnologia.
Hoje, os investidores repercutem também os resultados da Apple e Alphabet, dona do Google, que decepcionaram.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,26%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,89%
Nasdaq Futuro (EUA), -1,93%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam sem direção única hoje. Na região, o destaque são as ações do conglomerado indiano Adani Enterprises, que caíram 15% depois que a Hindenburg acusou os fundadores de envolvimento em manipulação de ativos e fraude. A denúncia fez com que o bilionário Gautam Adani perdesse US$ 6,4 bilhões da sua fortuna e saísse da lista das cinco maiores fortunas do mundo da Forbes.
Em relação aos dados econômicos da região, na China, o setor de serviços apresentou recuperação no primeiro mês de 2023, de acordo com o índice de gerentes de compras (PMI) de serviços da Caixin/S&P Global. O índice subiu para 52,9 em janeiro, acima da marca de 48 registrada em dezembro.
Shanghai SE (China), -0,68%
Nikkei (Japão), +0,39%
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,36%
Kospi (Coreia do Sul), +0,47%
Petróleo
Os preços do petróleo recuam nesta sexta-feira e caminham para segunda semana consecutiva de perdas, já que investidores buscavam mais sinais de uma forte recuperação na demanda por combustível na China para compensar as quedas iminentes em outras grandes economias.
Petróleo WTI, -0,47%, a US$ 75,52 o barril
Petróleo Brent, -0,46%, a US$ 81,79 o barril
Agenda
Nesta sexta, será divulgado nos EUA o payroll, com os dados oficiais do mercado de trabalho nos EUA. O consenso Refinitiv prevê que 185 mil vagas de emprego foram criadas no país em janeiro (ante 223 mil em dezembro). Para a taxa de desemprego, o consenso projeta um crescimento de 3,5% para 3,6%.
Por aqui, no Brasil, no campo político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedeu entrevista concedida à RedeTV ontem, na qual criticou a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, de manter a taxa de juros a 13,75% pela quinta vez seguida e sugeriu debate sobre a autonomia do BC após mandato de Roberto Campos Neto, presidente da instituição. Na seara econômica, sai hoje o dado da produção industrial de dezembro, com analistas prevendo queda de 0,1% em relação a novembro.
Redação ICL Economia
Com informações das agências
