O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que o novo valor do salário mínimo será mesmo de R$ 1.320 a partir de maio. Ele afirmou também, em entrevista à CNN, que a isenção do Imposto de Renda será a partir de R$ 2.640, o equivalente a dois mínimos. “É um compromisso meu com o povo brasileiro, que nós vamos acertar com o movimento sindical, está combinado com o Ministério do Trabalho, com o ministro (Fernando) Haddad, que a gente vai em maio reajustar para R$ 1.320”, afirmou o presidente à jornalista Daniela Lima.
Segundo ele, será também restabelecida a regra que vigorava desde seu primeiro mandato: “Além da reposição inflacionária, terá o crescimento do PIB (incorporado ao reajuste do salário mínimo). Porque é a forma mais justa de distribuir o crescimento da economia. Não adianta crescer 14% e você não distribuir. É importante crescer cinco, seis ou sete por cento e você distribuí-lo para a sociedade”, acrescentou Lula.
“É isso que vai acontecer. Nós vamos aumentar o salário mínimo todo ano. A inflação será reposta e o crescimento do PIB será colocado no mínimo”, diz ainda. A íntegra da entrevista será exibida pela CNN às 18h.
Nas redes, Lula afirma que salário mínimo vai repor inflação e considerar o crescimento do PIB
Minutos depois da prévia da entrevista ser divulgada, o perfil de Lula no Twitter ampliava o alcance da decisão sobre o salário mínimo e a faixa de isenção do Imposto de Renda. “Estamos aumentando o salário mínimo para R$ 1.320 em maio e vamos recuperar a regra em que o salário, além da reposição inflacionária, terá o crescimento do PIB, porque é a forma mais justa de distribuir o crescimento da economia”, postou o presidente.
Há dias a informação era de que o presidente já teria “batido o martelo” sobre o novo valor do mínimo, que é parâmetro também do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para as aposentadorias. O valor em vigor até 2022 foi de R$ 1.212, subindo para R$ R$ 1.302 em 2023, com a Medida Provisória 1.143. Em quatro anos do governo Jair Bolsonaro, o mínimo só foi reajustado pela inflação.
A tabela do IR, por sua vez, acumula defasagem de 147,87%, segundo a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco Nacional). A última atualização, e mesmo assim parcial, é de 2016, durante o governo de Dilma Rousseff (PT), quando a faixa de isenção passou de R$ 1.787,77 para os atuais R$ 1.903,98.