As bolsas mundiais operam sem direção definida nesta manhã de quinta-feira (23), enquanto os índices futuros dos EUA seguem em alta, um dia após a divulgação da ata da última reunião do Fed (Federal Reserve), em que a taxa de juro dos EUA foi elevada em 0,25 ponto percentual. No documento, a autoridade monetária americana sinaliza que o ciclo de alta do juro deve continuar, uma vez que os últimos indicadores econômicos mostram a economia americana ainda aquecida.
Na minuta, o Fed cita que a inflação “permaneceu bem acima” da meta de 2% e o mercado de trabalho “permaneceu muito apertado, contribuindo para continuar pressionando salários e preços”.
Ainda hoje, os investidores aguardar a divulgação do resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do quarto trimestre e dos pedidos semanais de seguro-desemprego. Também aguardam as falas dos presidentes do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, e de São Francisco, Mary Daly.
A maioria das bolsas da Europa opera no azul, repercutindo a minuta da ata do Fed e dados da inflação da zona do euro de janeiro, que atingiu 8,6% na comparação anual .
Já na Ásia, os mercados fecharam mistos, com investidores também repercutindo os sinais emitidos na ata da autoridade monetária americana e dados econômicos da região.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de quarta-feira (22) de cinzas em forte queda, ainda com agenda esvaziada por conta do Carnaval do Brasil, mas repercutindo tensões geopolíticas depois de novas ameaças nucleares da Rússia e com os investidores analisando a última ata do Federal Reserve (Fed). O principal índice da Bolsa brasileira recuou 1,85%, aos 107.152 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, a queda foi impulsionada, sobretudo, pelo desempenho negativo das ações da Vale e da Petrobras, que possuem grande participação no Ibovespa.
Nas negociações do dia, o dólar comercial ganhou 0,14%, cotado a R$ 5,168 na compra e R$ 5,169 na venda.
Europa
A maioria das bolsas europeias opera no azul nesta manhã, seguindo o movimento dos EUA. Por lá, os investidores repercutem a divulgação da ata do Fed e dados econômicos da região. A inflação da zona do euro de janeiro atingiu 8,6% na comparação anual, em consonância com a previsão do consenso Refinitiv, permanecendo, portanto, em patamares elevados, o que indica mais aperto monetário pela frente.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,27%
DAX (Alemanha), +0,55%
CAC 40 (França), +0,28%
FTSE MIB (Itália), +0,73%
STOXX600, +0,20%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam no azul nesta manhã de quinta-feira, após a queda da véspera. Os investidores repercutem da ata do Fed divulgada na véspera. Na minuta, a autoridade monetária sinaliza que o ciclo de aperto monetário deve continuar, pois a inflação continua em patamares elevados e o mercado de trabalho permanece aquecido.
Para hoje, eles aguardam dados importantes, como o PIB do quarto trimestre e falas de membros do Fed.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,26%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,47%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,88%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam mistas nesta manhã, também com investidores digerindo a ata do Fed publicada ontem. Das notícias da região, o Banco da Coreia manteve suas taxas de juros em 3,5%, a primeira manutenção após quase um ano de aumentos de taxas, e em linha com as expectativas.
Em Cingapura, o índice de preços ao consumidor subiu para 6,5% em janeiro na base anual, liderado por aumentos em transporte, alimentação e vestuário. Em relação a dezembro de 2022, a inflação geral subiu 0,2%.
Shanghai SE (China), -0,11%
Nikkei (Japão), -1,34%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,35%
Kospi (Coreia do Sul), +1,03%
ASX 200 (Austrália), -0,40%
Petróleo
Os preços do petróleo estão em trajetória de alta hoje, interrompendo uma sequência de seis dias de perdas alimentadas por preocupações crescentes de que aumentos mais agressivos das taxas de juros pelos bancos centrais poderiam pressionar o crescimento econômico e impactar a demanda pela commodity.
Petróleo WTI, +0,35%, a US$ 74,21 o barril
Petróleo Brent, +0,42%, a US$ 80,94 o barril
Agenda
Nos EUA, serão divulgados hoje os dados do auxílio-desemprego e, não menos importante, a segunda prévia do PIB (Produto Interno Bruto) do 4º trimestre.
Por aqui, no Brasil, com a agenda econômica esvaziada, os olhos se voltam para as ações do governo para estabelecer medidas para apoiar a situação das vítimas das chuvas no Litoral Norte de São Paulo e da estiagem no Rio Grande do Sul. Além disso, nesta quinta-feira Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participarão de eventos do G20, na Índia.
Redação ICL Economia
Com informações das agências