Defesa do executivo diz que ele jamais participou de qualquer fraude.
Executivo das Americanas, preso hoje em Madri, comandava esquema de fraude nos balanços da empresa.
A Operação Disclosure foi autorizada pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Os ex-CEO Miguel Gutierrez e a ex-diretora Anna Christina Ramos Saicali já são considerados foragidos.
No encerramento do terceiro trimestre de 2023, as dívidas líquidas da Americanas somaram R$ 33,443 bilhões, um aumento de 10,6% na comparação com setembro de 2022.
Previsão é que a homologação do plano ocorra em janeiro de 2024, após o recesso do Judiciário.
Plano será votado em Assembleia de Credores no dia 19 de dezembro. Metade do valor será pago pelos "acionistas de referência" da rede, o trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles , donos da 3G Capital.
A empresa, que passa por recuperação judicial após divulgação de um rombo bilionário em seu balanço financeiro, encerrou o ano com um patrimônio líquido negativo de R$ 26,7 bilhões e dívida líquida real de R$ 26,3 bilhões.
Para Eduardo Moreira, economista e fundador do ICL, sensação é de que a CPI "não aconteceu". Deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ) diz que houve blindagem de trio de bilionários donos da empresa.
Em depoimento prestado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) em março passado, Miguel Gutierrez disse que a varejista comprava de fornecedores comprometendo-se a pagar em 30 dias, mas mudava pagamento para 90 dias, período em que inflava o caixa.
Para o economista Eduardo Moreira, "bilionário no Brasil pode deitar e dormir tranquilo. Porque bilionário no Brasil tem um monte de deputado no bolso"