Estudo mostra que acesso da mulher ao mercado de trabalho piorou

As atividades do lar e a maternidade estão muito associadas às mulheres e, quanto mais tempo a mulher está fora do mercado, maior será a dificuldade de inserção
24 de maio de 2022

Estudo sobre o mercado de trabalho mostra que o grupo de mulheres é um dos mais afetados. A análise foi feita com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios do IBGE.

Pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas analisaram o impacto do nascimento de um filho na participação do homem e da mulher no mercado de trabalho, que já é historicamente desigual. O estudo leva em conta só as pessoas casadas.

Quando ainda não têm filho, sete em cada 10 homens em idade ativa estão no mercado de trabalho contra menos da metade das mulheres nessa mesma situação, uma diferença de 21 pontos percentuais. Quando nasce um bebê, essa desigualdade mais que dobra: passa a ser de quase 50 pontos percentuais.

A pesquisa mostra ainda que a pandemia cobrou um preço mais alto das mães. Quando as escolas fecharam as portas e as crianças tiveram que ficar em casa, muitas mulheres foram obrigadas a abrir mão do emprego.

Antes da pandemia, a diferença na proporção entre pais e mães na força de trabalho era de 31 pontos percentuais; passou para quase 34 e ainda não voltou ao patamar de 2019.

Historicamente, as atividades do lar e a maternidade estão muito associadas às mulheres e, quanto mais tempo a mulher está fora do mercado de trabalho, deixando de se se qualificar, menor a experiência. Então, a dificuldade para nova inserção da mulher no mercado de trabalho aumenta.

 Japão vai exigir que empresas divulguem dados sobre desigualdade de gênero no mercado de trabalho

O Japão exigirá que as empresas divulguem a diferença salarial entre homens e mulheres como parte dos esforços para reduzir uma das maiores disparidades salariais de gênero entre os países ricos.

A medida, parte da plataforma de “novo capitalismo” do primeiro-ministro Fumio Kishida, pode entrar em vigor já este ano. A regra será aplicada a empresas com mais de 300 funcionários, independentemente de estarem listadas.

As mulheres japonesas ganham apenas 77,5% do que os homens recebem, muito abaixo da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico de 88,4%. Os apelos do governo para que mais mulheres ocupem cargos de liderança corporativa e política não têm mostrado efeito.

A regra sobre a divulgação da diferença salarial deve ser discutida por um painel do Ministério do Trabalho. Os empregadores não terão que dizer quanto seus trabalhadores ganham, apenas a diferença entre homens e mulheres. Espera-se que mais de 10.000 empresas não listadas sejam obrigadas a fornecer os dados.

As empresas que afirmam existir uma razão válida para diferenças salariais precisarão expor a explicação em seu site ou por outros meios.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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