A bolsa brasileira viveu um dia de muito otimismo, nesta terça-feira (27), bem descolada do que clima de cautela do mercado externo.
O Ibovespa subiu 1,61%, aos 131.689 pontos, apoiado no IPCA-15, considerado a prévia da inflação. O indicador avançou 0,78% em fevereiro ante 0,31% em janeiro, puxado pelo grupo Educação. No ano, o indicador acumula alta de 4,49%.
O consenso LSEG previa alta mensal de 0,82% e de 4,52% na base anual. Portanto, o crescimento menor que o esperado trouxe otimismo ao mercado, que agora vislumbra a manutenção do ritmo de corte na taxa básica de juros, a Selic, pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.
Além do IPCA-15, a Vale (VALE3), principal empresa do Ibovespa, subiu 2,63%, com o minério de ferro em alta e com analistas otimistas com a ação da companhia.
A BRF (BRFS3), que disparou 8,14%, com o balanço mostrando reversão de prejuízo em lucro no 4T23; e a GPA (PCAR3), que acelerou 12,57%, com o tribunal europeu aprovando a reestruturação do Casino, também ajudaram no resultado positivo do indicador.
O dólar ampliou as perdas do dia anterior e recuou 0,97%, cotado a R$ 4,9330 no mercado à vista.
Destaques do Ibovespa
Se, de um lado, o Ibovespa teve tantos desempenhos positivos, no campo negativo, a Sabesp (SBSP3) esteve em destaque.
As ações da Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo registraram queda de 1,08%, em meio à notícia de que deputados do PT entraram com uma ação popular contra o governo de São Paulo para suspender a consulta pública sobre a privatização da autarquia.
Mercado externo
As bolsas de valores de Wall Street fecharam mistas hoje, com os investidores à espera de dados econômicos importantes, como divulgação do PCE, o indicador de inflação favorito do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), e seu impacto no futuro da política monetária do país.
O Dow Jones fechou em baixa de 0,25%; a Nasdaq, +0,37%; e o S&P 500, +0,17%.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias